A análise conjunta do MELD pós-operatório, do base excess e dos níveis séricos de lactato pode ser usada como um índice prognóstico para pacientes submetidos a transplante de fígado?
AUTOR(ES)
Cardoso, Nathalia, Silva, Tiago, Cagnolati, Daniel, Freitas, Thiago, Mente, Enio David, Basile-Filho, Anibal, Castro e Silva, Orlando
FONTE
Acta Cir. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013
RESUMO
OBJETIVO: O objetivo do presente estudo é avaliar os níveis do MELD clássico ou puro pós-operatório, alterações dos níveis séricos do lactado e BE, analisando-os como possíveis fatores preditivos do tipo de sobrevida de pacientes submetidos ao transplante ortotópico de fígado (OLT). MÉTODOS: Foram analisados 60 pacientes submetidos ao OLT (técnica de piggy-back) no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP, entre Outubro 2008 e Março de 2012. Foram selecionados os 30 últimos casos de sobreviventes (S) e 30 de não-sobreviventes (NS). Avaliou-se para cada grupo, os valores ALT, AST, de base excess (BE) e lactato sanguíneos em cinco momentos (pré-operatório imediato, no final da isquemia hipotérmica, 5 e 60 minutos após a revascularização arterial e no pós-operatório imediato, quando também foi calculado o MELD pós-operatório. RESULTADOS: Com relação às aminotransferases, houve um aumento máximo após 24 horas de pós-operatório em ambos os grupos S e NS. Houve aumento significativo dos níveis de BE e lactato sanguíneo significativamente maior no grupo NS, sobretudo nos tempos após 5 minutos de reperfusão arterial do enxerto, p<0,05. Não houve diferença significativa entre o MELD pré-operatório em ambos os grupos (p>0,05). O MELD pós-operatório foi maior no grupo NS do que no grupo S (p<0,05). CONCLUSÃO: A análise conjunta do MELD pós-operatório, do BE e do lactato sanguíneo pode ser usada como índice de gravidade da evolução pós-operatória de pacientes submetidos ao OLT.
ASSUNTO(S)
Ácido láctico transplante de fígado Índice de gravidade de doença prognóstico
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