A ANGÚSTIA COMO DISPOSIÇÃOAFETIVA EM SER E TEMPO
AUTOR(ES)
Marcelo José Soares
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
19/11/2010
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo investigar em Heidegger os fundamentos ontológicos de uma fenomenologia dos afetos. Para tanto, circunscreveremos a interpretação ao período de 1927 a 1930, mais especificamente nas obras Ser e Tempo, Que é metafísica? e Os conceitos fundamentais da metafísica: mundo, finitude, solidão. Partiremos da reconstrução da teoria geral das disposições afetivas em Ser e tempo, buscando evidenciar o privilégio das disposições da angústia e do tédio e seus respectivos modos de abertura. Argumentaremos que, com base nas estruturas obtidas a partir da analítica do existente humano, depara-se imediatamente com uma das estruturas existenciais fundamentais ao ser do ser-aí, a saber, a disposição afetiva [Befindlichkeit]. Para Heidegger a disposição afetiva é uma estrutura ontológica que constitui abertura de mundo, enquanto que os estados de humor específicos [Stimmung] são concretizações ônticas da disposição que perpassam o mundo. Posteriormente evidenciaremos o papel fundamental desempenhado pela angústia, ressaltando que neste sentimento, não basta ao ser-aí estar entregue a própria existência, mas tem a obrigação de responder pela mesma. Por fim abordaremos o tédio em suas respectivas formas culminando na tentativa de compreensão da essência do tédio profundo em sua primazia.
ASSUNTO(S)
tédio angústia befindlichkeit disposições afetivas heidegger filosofia heidegger affective disposition befindlichkeit anxiety boredom
ACESSO AO ARTIGO
http://coralx.ufsm.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3672Documentos Relacionados
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