A autoeficácia acadêmica em estudantes e ex-estudantes da educação de jovens e adultos / Academic self-efficacy in students and former students of youth and adult education

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

20/06/2011

RESUMO

A autoeficácia, constructo psicológico em crescente investigação principalmente no contexto acadêmico, diz respeito à crença do indivíduo nas próprias capacidades de executar ações com o intuito de atingir um resultado. No contexto da Educação de Jovens e Adultos (EJA), a autoeficácia pode se relacionar ao esforço dos estudantes para realizarem tarefas escolares, ao desempenho em organizar estratégias para o estudo, ao estabelecimento de metas e à persistência frente às adversidades, peculiares a esse público, ao retornarem tardiamente à escola. O presente estudo de caráter exploratório teve como objetivo verificar a autoeficácia de estudantes e ex-estudantes da EJA do segundo ciclo do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Participaram do estudo 108 estudantes de ambos os sexos, matriculados no Telecurso 2000, de uma cidade do Estado de São Paulo. A amostra foi composta por dois grupos no primeiro, participaram 57 estudantes que frequentavam as aulas nos horários matutino, vespertino ou noturno, no segundo grupo, denominado de ex-estudantes, participaram 51 indivíduos que efetivaram a matrícula nessa modalidade de ensino, mas que não frequentavam o curso no momento da pesquisa, o que configurava desistência ou evasão escolar. O instrumento utilizado para coleta de dados foi uma escala de Autoeficácia Acadêmica, especificamente construída para este estudo, composta de 17 itens e disposta em uma escala Likert de 3 pontos (pouco capaz, suficientemente capaz e muito capaz). Além de uma medida geral, a escala permite avaliar a autoeficácia para o estudo e para o desempenho. Os participantes também responderam a um questionário semidirigido que versava sobre a trajetória escolar do estudante. Como resultado geral, verificou-se que os grupos apresentam bons índices de autoeficácia acadêmica, sendo que o teste de Mann-Whitney não apontou diferenças estatisticamente significantes, entre os grupos. O fato de os grupos diferenciarem-se quanto estarem ou não cursando a EJA não interferiu nos resultados da autoeficácia percebida. As respostas ao questionário semidirigido também revelaram tendências positivas de autoeficácia acadêmica. Outras implicações educacionais e novas perspectivas de estudos são apresentadas na discussão dos resultados.

ASSUNTO(S)

auto-eficácia ensino supletivo avaliação educacional self-efficacy supplementary education education evaluation

Documentos Relacionados