A consciência em Freud

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Este trabalho focaliza a consciência na teoria freudiana. Destacando o inconsciente como objeto da psicanálise, Freud nunca deixou de considerá-la como um fenômeno essencial, basta lembrar que a nomeação das três instâncias que constituem o psiquismo foi feita levando em conta, especialmente, a sua relação com a consciência. Em português a palavra consciência alude tanto ao atributo que permite o conhecimento de uma coisa, a representação mental que um organismo tem da própria existência ou do mundo externo, assim como designa a faculdade de distinguir o bem do mal, ou seja, o sentimento da moralidade e do dever. Na língua alemã, ambas acepções se apresentam discriminadas, a consciência psicológica corresponde o termo Bewusstsein que aponta para o conhecimento claro e concreto, enquanto que para a consciência moral, entendida como função da subestrutura superegoica. Freud optou por reservar o termo Gewissen que denota um saber com certeza, mas com um sentido mais abstrato. Esta pesquisa teórica acompanha o desenvolvimento da noção de consciência conjuntamente com o de consciência moral, desde 1895 até 1932, e foi norteada por uma frase presente na que Freud manifesta a necessidade de reavaliar o valor da consciência. Para o criador da teoria psicanalítica, a diversidade dos problemas da consciência, a tornavam um fenômeno refratário a qualquer explicação e definição. Por diversas vezes ao longo da obra, expressou a intenção de fazer uma investigação mais profunda a respeito da consciência, mas nunca chegou a concretizá-la

ASSUNTO(S)

consciência inconsciente freud, sigmund -- 1856-1939 -- critica e interpretacao conciousness unconsciousness conscience consciência moral consciencia psicologia

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