A escala e a medida. A criação de ponto de vista em dois poemas de Prosas seguidas de Odes mínimas, de José Paulo Paes

AUTOR(ES)
FONTE

Let. Hoje

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-12

RESUMO

Resumo: A crítica de José Paulo Paes reconheceu-lhe um caráter minimalista. Este artigo busca na noção de aspecto os instrumentos para a explicitação dessa percepção. Para além da constatação do tamanho dos poemas e versos, o conteúdo também constrói um universo minimalista. Ao imprimir recortes e saliências, o aspecto instaura um sujeito observador: um ponto de vista, que dará a medida diminuta dos objetos convocados. Os recortes da minimalidade aspetual em dois poemas de Prosas seguidas de Odes mínimas se construirão tanto no tempo – campo tradicional do aspecto linguístico – quanto nas categorias de espaço e pessoa. As saliências dos recortes aspectuais ganharão paulatinamente figuras de atenuação e aproximação do sujeito, construindo a chave da leitura minimalista e desencadeando também a leitura metalinguística dos poemas. Além de explicitar os procedimentos do fazer poético de Paes, esta análise traz operacionalidade à noção de aspecto estendida às categorias de pessoa, tempo e espaço.

ASSUNTO(S)

ssemiótica poética aspecto categorias discursivas

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