A estrutura da paisagem e a diversidade de plantas em reflorestamentos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

A cobertura florestal atual do estado do Paraná representa menos de 10% da vegetação original existente no início do século XX e está distribuída em sua grande maioria em pequenos fragmentos. Esta situação dificulta, ou até mesmo impossibilita, a regeneração dos ambientes degradados através da sucessão secundária natural devido à distância de fontes de propágulos das áreas a serem colonizadas. Neste contexto, reflorestamentos podem ser usados para acelerar e/ou possibilitar a restauração de ambientes degradados e o restabelecimento da biodiversidade, pois atraem animais dispersores e oferecem as condições microclimáticas necessárias para o desenvolvimento de espécies vegetais de estágios sucessionais mais avançados. Atualmente, as florestas secundárias são consideradas ambientes extremamente importantes para a conservação da biodiversidade, porém os conhecimentos sobre a sua ecologia ainda são incompletos. O presente estudo apresenta, em três capítulos, os dados do levantamento das espécies que regeneram no sub-bosque de reflorestamentos. No primeiro capítulo, a diversidade das espécies regenerantes foi comparada entre três reflorestamentos, sob o ponto de vista da distância entre estas áreas em recuperação e os fragmentos vizinhos mais próximos. A proximidade das fontes de sementes não apresentou, na escala usada no estudo, relação direta com a diversidade verificada no sub-bosque dos reflorestamentos, e o que mais influenciou a regeneração foi a estrutura dos próprios reflorestamentos. No capítulo 2 são apresentados dados de um único reflorestamento, contíguo a um fragmento florestal. Foi analisada a influência da distância da borda da mata através de parcelas distribuídas no reflorestamento em um gradiente de distância a partir da floresta madura. A distância da borda da mata não se mostrou suficiente para causar impacto na colonização do subbosque, e mais uma vez a estrutura do reflorestamento foi responsável pela diversidade, riqueza e abundância. O terceiro capítulo trata da regeneração no sub-bosque de reflorestamentos de Araucaria angustifolia implantados há 12, 22, 35 e 43 anos. As idadesnão apresentaram influência clara na diversidade e riqueza de espécies, representadas de maneira geral por plantas heliófitas. A variável que melhor explicou a colonização do subbosque nestes ambientes foi taxa de cobertura do dossel.

ASSUNTO(S)

cobertura de dossel reflorestamento reforestation

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