A ficcionalidade da narrativa em primeira pessoa
AUTOR(ES)
Edson Ribeiro da Silva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
O presente estudo aborda a ficcionalidade da narrativa em primeira pessoa. O ponto de partida para a reflexão empreendida aqui é a teoria elaborada por Hamburger, para quem a primeira pessoa seria fingimento, e não ficção. Refletindo sobre tal teoria, adota-se aqui o conceito de ficção elaborado por Iser, mas com atenção também para outros teóricos. A ficção é vista como uma espécie de jogo, em que cada obra cria suas regras de acordo com a intencionalidade do autor e as possibilidades de recepção, pelo leitor. A narrativa em primeira pessoa, pelas especificidades técnicas que desenvolveu, sobretudo a partir do início do século XX, aparece como uma intensificação daqueles elementos que desvelam a natureza fictícia da obra. Aborda-se, assim, o foco narrativo e o tempo como sendo, dentre esses elementos, aqueles que exibem com maior intensidade essa natureza. Após uma visão sobre as teorias acerca da ficção, aborda-se a transformação operada nesse foco em direção a formas que se evidenciam como ficcionais. A análise de três obras representativas da moderna literatura brasileira especifica modos diversos de o ficcional revelar-se.
ASSUNTO(S)
lisperctor rosa brazilian fiction history and criticism ficção brasileira - história e crítica narrativa raduan criticism and interpretation clarice narrative nassar criticism and interpretation criticism and interpretation joão guimarães
ACESSO AO ARTIGO
http://189.90.64.145/document/?code=vtls000154121Documentos Relacionados
- A representação da primeira pessoa do plural
- Acesso à experiência em primeira pessoa na pesquisa em Saúde Mental
- Jornalismo em primeira pessoa : a construção de sentidos das narradoras da revista TPM
- Violência urbana e saúde mental: por narrativas em primeira pessoa
- Viver em primeira pessoa: uma proposta de humanização como técnica corporal