A incidência de sintomas depressivos em idosos que foram hospitalizados por acidente vascular cerebral / Incidence of depressive symptoms in elderly people hospitalized due to Cerebrovascular Accident
AUTOR(ES)
Cibele Peroni Freitas
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
20/12/2011
RESUMO
O Brasil é um país em que o número de idosos tem crescido vertiginosamente e com isso ocorrem mudanças no perfil demográfico, socioeconômico e epidemiológico. As doenças crônicas assumem posição de destaque, dentre elas o Acidente Vascular Cerebral - AVC. O objetivo foi determinar a incidência de sintomas depressivos em idosos que foram hospitalizados por AVC, após a alta hospitalar. Trata-se de um estudo observacional e prospectivo com abordagem quantitativa. Foram entrevistados 48 idosos (60 anos ou mais) residentes na comunidade de cidades do interior paulista, que sofreram AVC e foram internados em um hospital terciário. A coleta dos dados foi realizada através de visitas domiciliares em duas etapas (após três e seis meses do AVC), no período de maio de 2010 a março de 2011. O instrumento de coleta de dados foi composto por dados demográficos e socioeconômicos, Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD), Medida de Independência Funcional (MIF), presença de comorbidades e Escala de Depressão Geriátrica (GDS). A média de idade foi de 72,4 (±7,5) anos, com predominância do sexo masculino (56,2%). A maioria era composta por idosos casados, com média de 3,4 anos de estudo, 75% tinham renda familiar maior que um salário mínimo, 89,6% moravam acompanhados e 56,3% possuíam cinco ou mais morbidades. O tipo de AVC mais prevalente foi o isquêmico (81,2%), com maior comprometimento do lado esquerdo do cérebro. Com relação à Capacidade Funcional (CF), houve um aumento da média da MIF do terceiro para o sexto mês, ou seja, os idosos se tornaram mais independentes nesse quesito. Com as AIVD ocorre o contrário, os idosos se tornam mais dependentes na segunda avaliação. Os idosos do sexo masculino se tornaram menos depressivos, enquanto as idosas sofreram mais desses sintomas após seis meses do AVC. Embora o AVC seja a primeira causa de morte no país e também o grande responsável pelas incapacidades (físicas e emocionais) e internações hospitalares, estudos sobre a morbidade ainda é escasso. O intuito desse trabalho é o de apresentar essas consequências e os sintomas depressivos, os quais podem ser prevenidos com avaliação e intervenção de equipe interdisciplinar.
ASSUNTO(S)
acidente vascular cerebral aged capacidade funcional cerebrovascular accident community comunidade depressive symptoms functional capacity idoso sintomas depressivos
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