A língua portuguesa no século XIX e a história do negro em escrituras públicas de compra e venda de escravos
AUTOR(ES)
Izilda Maria Nardocci
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002
RESUMO
Esta Dissertação insere-se nos postulados da Historiografia Lingüística. Trata-se de uma análise em Escrituras Públicas de compra e venda de escravos das marcas histórico-lingüísticas que caracterizam a Língua Portuguesa em uso no Brasil na segunda metade do século XIX e do processo de coisificação do escravo negro. A Língua em uso no Brasil no século XIX já apresentava traços que a diferenciavam da modalidade européia. Alguns escritores românticos se dispuseram a registrar em seus textos certos aspectos da variante brasileira, pois queriam maior liberdade de expressão. Nas Escrituras, entretanto, não há a intenção de documentar as particularidades da língua em uso, pois a modalidade utilizada nos documentos é a européia. O uso dessa modalidade em documentos é determinado pelo Estado, pois ele se preocupa em realizar o ideal de universalidade com coerção, ou seja, busca dizer de tal modo que os que quiserem possam entendê-la e os que não quiserem não podem alegar razões para isso. A modalidade lingüística utilizadaem documentos prima pela clareza, pela inequivocidade. Ao optar-se por um enfoque histórico-lingüístico, foi possível verificar, os fenômenos de mudança lingüística, de inovação e adoção de um uso! específico por um grupo social. O caráter histórico e social da língua possibilita-lhe expressar, por meio de sua materialidade, as marcas que caracterizam o homem e seu tempo. No caso, das Escrituras Públicas, essas marcas refletem a condição de mercadoria que é dada ao escravo negro
ASSUNTO(S)
linguistica -- historiografia lingua portuguesa negro lingua portuguesa -- seculo 19 escravidao negra
ACESSO AO ARTIGO
http://www.sapientia.pucsp.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7561Documentos Relacionados
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