A METAFICÇÃO HISTORIOGRÁFICA NA LITERATURA GOIANA: DOIS AUTORES, DUAS OBRAS.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/09/2009

RESUMO

Esta dissertação tem como objetivo discutir a metaficção historiográfica nos livros A Casca da Serpente, de José J. Veiga e Sete Léguas de Paraíso, de Antônio José de Moura, baseando-se nos estudos teóricos de Hayden White, George Lukács, Aristóteles e Linda Hutcheon, dentre outros. Inicialmente discuti-se a concepção de história e literatura e seus respectivos discursos. Em seguida, faz-se uma breve evolução do romance, enfatizando as semelhanças e distinções existentes entre o romance histórico e a metaficção historiográfica. Valeu-se das características desta, em especial a paródia, a ironia e a excentricidade, para analisar os romances selecionados, de modo a comprovar que o discurso metaficcional historiográfico é recorrente nas respectivas tramas, A casca da serpente e Sete léguas de paraíso. Complementando essa interpretação, recorreu-se a alguns aspectos simbólicos e metafóricos de modo a realçar e reforçar os objetivos propostos. Traçou-se um paralelo entre as narrativas do corpus ativo com referência na teoria explicitada por Bakhtin em Problemas da poética de Dostoievski. No final do estudo, evidenciou-se como a literatura tem o poder de subverter a história, transformando-a em outros discursos, fazendo com que essa tome uma nova roupagem, levando o leitor a refletir e contestar os componentes do discurso historiográfico.

ASSUNTO(S)

literatura metaficção historiográfica paródia ironia letras history literature historiography metafiction parody irony história

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