A phrônesis, o herói e a pólis: os paradoxos de Hannah Arendt como leitora dos Antigos
AUTOR(ES)
Nascimento, Paulo César, Fernandes, Mateus Braga
FONTE
Rev. Bras. Ciênc. Polít.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-04
RESUMO
Este artigo analisa as leituras de Homero e de Aristóteles feitas por Hannah Arendt. Partindo das reinterpretações do conceito de coragem, phrônesis e política feitas pela filósofa, apontamos naquelas leituras indícios das definições arendtianas do ethos do homem político e do surgimento do espaço público. O artigo também discute dois paradoxos no pensamento de Arendt: o paralelo entre a coragem guerreira do herói homérico e a virtude sagaz da phrônesis aristotélica, por um lado, e, por outro, a ação política enquanto reveladora do agente no espaço público e atividade coletiva voltada para a criação e manutenção de instituições. Sustentamos, como conclusão, que a releitura de Homero e Aristóteles, por mais paradoxal que seja, constitui a fonte teórica para a separação radical entre violência e política, realizada por Arendt.
ASSUNTO(S)
phrônesis coragem pólis instituições hannah arendt
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