Ablação por radiofreqüência do ventrículo esquerdo no rato: um novo modelo de insuficiência cardíaca com tamanhos de infarto do miocárdio semelhantes e baixa mortalidade. / Left ventricle radio-frequency ablation in the rat: a new model of heart failure due to myocardial infarction homogeneous in size and low in mortality

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/08/2010

RESUMO

O Infarto do Miocárdio (IM) em roedores é o modelo animal mais freqüentemente utilizado para reproduzir experimentalmente a Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) de humanos. A oclusão cirúrgica da artéria coronária descendente anterior (ACDA) é o método mais tradicionalmente usado para obter o IM experimental há décadas. Este modelo é bem validado para simular ICC, como é evidenciado pelo grande número de publicações que disponibilizam informações significativamente relevantes. A ligadura da coronária em ratos é inerentemente associada a infartos de tamanho variável, e em alguns casos, ausência de necrose miocárdica. Outro fator desfavorável é a alta taxa de mortalidade pós-oclusão coronária (OC). A proposta deste trabalho foi de padronizar um novo modelo de ICC secundário ao IM por aplicação de corrente elétrica de radiofreqüência no ventrículo esquerdo (VE), e analisar as características do modelo. Para tanto, foram utilizados 210 ratos Wistar-EPM, machos e fêmeas, distribuídos em grupos, operados pelo método tradicional de oclusão coronária, ablação por radiofreqüência e sem intervenção cirúrgica, como grupo controle. Após a promoção do IM, os animais foram separados em grupos de uma e quatro semanas para avaliação, do qual eram anestesiados e seqüencialmente avaliados por ecocardiograma (ECO), estudo hemodinâmico, mecânica miocárdica e anátomo-patológico. Os infartos transmurais ocorreram em todos os casos operados por ablação com mortalidade imediata de 7,5%. Animais de OC foram incluídos somente os IM >40% do VE. A variabilidade no tamanho dos IMs foi menor nos ratos de Ab (x DP: 45 8%:) quando comparado com OC (40 19%). O ECO e estudo hemodinâmico mostraram aumentos comparáveis quanto à dimensão do VE, pressão diastólica final e teor de água pulmonar uma e quatro semanas pós-IM. Mecânica miocárdica seis semanas pós-IM foram compatíveis na disfunção inotrópica e lusitrópica. Avaliações histopatológicas foram identificadas lesões semelhantes às que ocorreram após OC, com fase de cicatrização completa em quatro semanas. Ab VE originou IM com tamanhos semelhantes e baixa mortalidade imediata. Resultou em evolução histopatológica, dilatação e disfunção ventricular, disfunção na mecânica miocárdica e congestiva. Resultados que reproduziu o IM por OC. Palavras chave: ablação por radiofreqüência, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, ratos.

ASSUNTO(S)

ablação por radiofreqüência infarto do miocárdio insuficiência cardíaca ratos cardiologia rats myocardial infarction radiofrequency ablation heart failure

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