Abordagem transesfenoidal com fechamento selar simplificado no tratamento cirurgico dos adenomas da hipofise

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1997

RESUMO

Foram tratados cirurgicamente, pela abordagem transesfenoidal com fechamento selar simplificado, 30 pacientes portadores de adenomas hipofisários, entre o período de junho de 1989 a dezembro de 1994, sendo 20 do sexo feminino e dez do sexo masculino, na faixa etária de 13 a 73 anos, com a média de 36.8 anos. Classificados radiologicamente em 09 microadenomas e 21 macroadenomas, sendo 16 adenomas circunscritos e 14 invasivos, distribuídos funcionalmente pela clínica e comprovados, na maioria, pela imuno-histoquímica em 10 adenomas produtores de PRL, 12 de HGH, 04 produtores de ACTH e 04 não funcionantes. O propósito deste estudo é apresentar o método, como meio simples e seguro, visando facilitar um desenvolvimento mais aprimorado de variações operatórias, permanecendo dentro da técnica e possibilitando avaliações mais fidedígnas nos resultados tomográficos pós-operatórios. Pode-se, nos casos de comprovada ressecção parcial tumoral, assim como nos tumores de comportamento biológico invasivo, acrescentar a radioterapia como meio coadjuvante do tratamento destas lesões. Neste trabalho são analisadas as vantagens e desvantagens da técnica cirúrgica, sinais e sintomas clínicos (neurológicos, endocrinológicos e oftalmológicos), classificando os de acordo com o resultado apresentado em remissão total e remissão parcial, assim como achados radiológicos pré e pós-operatórios de estágio tumoral. Distribuídos os pacientes segundo os sintomas apresentados (19, hormomiis I neurológicos; 07, hormonais e 04, neurológicos), houve registro de remissão total em 76.6% dos casos e 20% remissão parcial, com um paciente de quadro inalterado, apresentando hoje uma recidiva. De maior importância é a análise comparativa da literatura com os resultados da técnica apresentada, em relação à visão, com retomo ao normal em 75% e melhora em 25% dos pacientes que apresentavam comprometimento visual pré-operatório, sem contudo apresentar nenhuma piora sequer. Constataram-se dois casos de recidiva, sem nenhum óbito. O controle tardio e análise dos resultados em remissão total e parcial dos pacientes proporcionaram também o reconhecimento da capacidade funcional e qualidade de vida como excelente em 73.3% dos pacientes~em 16.6%, boa; regular, em 6.6%; e ruim, em 3.3% . O emprego da abordagem transesfenoidal com fechamento selar simplificado, utilizando ressecção intracavitária, para tratamento cirúrgico dos adenomas hipofisários, mostrou resultados tomográficos de controle mais fidedignos, podendo-se complementar pela radioterapia, para os casos de ressecção parcial tumoral ou aqueles adenomas com comportamento biológico invasivo. Comprovou ser um método seguro e de fácil aplicação, além de aproximar-se muito dos critérios de "cura", demonstrando resultado altamente satisfatório em relação à visão, não acrescentando novos déficits, apresentando baixas taxas de morbidade e de possíveis complicações oriundas do método, como fistulas liquóricas, infecções, ou deteriórização da visão

ASSUNTO(S)

glandula pituitaria glandula pituitaria - tumores

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