Abrigo, pobreza e negligência: percursos de judicialização
AUTOR(ES)
Nascimento, Maria Livia do
FONTE
Psicol. Soc.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012
RESUMO
O trabalho discute a negligência como uma categorização que passa a justificar a intervenção estatal sobre famílias pobres, no que se refere à prática de abrigamento de crianças e adolescentes e como essa prática se instala na lógica de judicialização da vida. Com a emergência do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), fica interditado abrigar por pobreza. Dessa maneira, a falta de recursos materiais perde força como justificativa, e se implanta um novo estatuto de criminalização da pobreza e de judicialização da vida, que se apoia no desrespeito a direitos estabelecidos na legislação: família negligente. Com esse referencial, a negligência passa a ser produzida como um dispositivo de afirmação da sociedade de segurança, tendo como parâmetro a lógica biopolítica de governo da vida.
ASSUNTO(S)
negligência infância e adolescência abrigamento judicialização
Documentos Relacionados
- Família e negligência: uma análise do conceito de negligência na infância
- Serviço Social e avaliações de negligência: debates no campo da ética profissional
- Briófitas da Ilha do Bom Abrigo, Estado de São Paulo, Brasil
- Instituições de abrigo, família e redes de apoio social e afetivo em transições ecológicas na adolescência
- Briófitas das ilhas de Alcatrazes, do Bom Abrigo, da Casca e do Castilho, estado de São Paulo, Brasil