Achado de bactérias selecionadas em crianças de Trinidad com doença amigdaliana crônica
AUTOR(ES)
Pereira, Lexley Maureen Pinto, Juman, Solaiman, Bekele, Isaac, Seepersadsingh, Nadira, Adesiyun, Abiodun A
FONTE
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-12
RESUMO
Faringoamigdalite na população pediátrica é largamente tratada com antibióticos. OBJETIVO: Estudar a microflora presente na superfície e no núcleo de amígdalas após adenoamigdalectomia eletiva em crianças. MÉTODO: Amígdalas de 102 crianças de Trinidad foram prospectivamente estudadas por meio de culturas e identificações bacteriológicas feitas a partir de amostras das superfícies e núcleos de suas amígdalas entre 2005-2006. RESULTADOS: A partir de 360 amígdalas, foram isolados Streptococcus spp. (51,3%), Staphylococcus spp. (42,3%) e Gram-Negativos (6,4%). A identificação de estafilococos e estreptococos tanto na superfície quanto no núcleo foi semelhante (p>0,05). Encontramos mais (p<0,001) Streptococcus spp. nas superfícies (82,2%) do que nos núcleos (63,3%); a prevalência de estreptococos alfa-hemolíticos foi maior (p<0,001) do que aquela de estreptococos beta-hemolíticos nas superfícies (74,4% vs. 18,6%) do que nos núcleos (58,9% vs. 13,7%). Não houve concordância entre superfícies e núcleos com relação a estreptococos (p<0,0004) e estreptococos alfa-hemolíticos (p<0,007). Estreptococos beta-hemolíticos foram mais identificados (p<0,05) em crianças dentre 6-16 anos do que naquelas entre 1-5 anos de idade (31% e 23,8% vs 12,5% e 8%). A prevalência de S. pyogenes na superfície e no núcleo foi de (84,6% vs 70%) e (50,0% vs 25,0%) em crianças de maior faixa etária e crianças mais novas, respectivamente. Klebsiella spp. (6,6%, 2,2%), Proteus (4,4%, 4,4%) e Pseudomonas (4,4 %, 1,1%) cresceram nas superfícies e núcleos, respectivamente. CONCLUSÃO: As superfícies amigdalianas tinham mais estreptococos e estreptococos hemolíticos do que seus núcleos. Crianças mais velhas tiveram mais estreptococos beta-hemolíticos, e são altamente colonizadoras de S. pyogenes. Sugerimos estudos que investiguem os mecanismos de aderência estreptocócica em crianças de Trinidad.
ASSUNTO(S)
crianças superficie e centro da amigdala streptococcus α haemolitic streptococcus ß haemolitic streptococcus pyogenes
Documentos Relacionados
- Sarcopenia em crianças e adolescentes com doença hepática crônica,
- Déficits de autocuidado em crianças e adolescentes com doença renal crônica
- Avaliação nutricional de crianças com doença renal crônica
- Crianças e adolescentes com doença crônica: convivendo com mudanças
- A interação mãe-criança em díades com crianças com e sem doença crônica