Acumulação de tempos desiguais na Cidade Nova no contexto da urbe carioca: do mangal de São Diogo ao surgimento do bairro / Accumulation of unequal times in the new city quarter in the context of the urbe carioca: from the growth of mangroves of São Diogo to the appearance of the neighborhood

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Esta dissertação trata do processo que levou ao desaparecimento do Mangal de São Diogo por meio de aterros, sendo o seu espaço ocupado pela edificação do bairro da Cidade Nova. Esta forma natural foi preservada por séculos devido ao empenho dos Jesuítas que ocupavam uma sesmaria em seus arredores e, tal fato impediu que a mesma fosse adentrada pela população da cidade. Depois da expulsão desses religiosos do Brasil, pode o Estado estender a sua posse ao Mangal e seu entorno, retalhando o seu espaço com grandes chácaras. Dessa forma, o Mangal só foi ultrapassado no princípio do século XIX quando, devido às necessidades da Corte portuguesa que estava na cidade, o Caminho do Aterrado foi construído, atual lado par da avenida Presidente Vargas. Esta via tinha por objetivo facilitar o deslocamento do Príncipe Regente entre a Cidade Velha e o Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista. Desde então, aquela forma natural sofreu aterros contínuos, sendo este processo intensificado em meados do século XIX, fato que levou a área a ser ocupada pela construção do bairro da Cidade Nova. O mesmo será ocupado por pequenas indústrias que não encontravam espaço na atual área central da cidade e, por uma população de baixa classe média, além de funcionários públicos que foram seus primeiros ocupantes. Este processo será acentuado ao longo de tempos curtos e, durante a segunda metade do século XIX veremos o bairro receber novas e importantes indústrias, como a Companhia de Iluminação e Gás, ao lado de uma crescente população operária e de imigrantes.

ASSUNTO(S)

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