Adubação do cafeeiro fertirrigado em fase de formação no sul de Minas Gerais / Fertilization and fertirrigation of the shrub coffee at the formation phase on southern Minas Gerais
AUTOR(ES)
Fabrício Moreira Sobreira
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
22/02/2010
RESUMO
Os experimentos foram conduzidos em Lavras MG, no Setor de Cafeicultura do Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA), de 2007 a 2009. Com este trabalho objetivou-se avaliar o crescimento, o parcelamento e a dose de N e K2O mais adequados para o primeiro e segundo anos de formação do cafeeiro fertirrigado. Para isto, dois experimentos foram instalados simultaneamente; em um deles, a adubação foi realizada em quatro aplicações ao ano (P4) e no outro, em doze aplicações ao ano (P12). Em ambos, os tratamentos foram doses de 70%, 100%, 130%, 160% e 190% da recomendada para N e K2O por Guimarães et al.(1999) para o cultivo em sequeiro, aplicadas via fertirrigação. Para os dois experimentos foi utilizado o delineamento em blocos casualizados, com cinco tratamentos, quatro repetições e parcela útil de oito plantas. Em cada experimento foi instalado um tratamento testemunha, representando o cultivo convencional em sequeiro. As variáveis respostas foram: número de ramos plagiotrópicos primários (NRA); número de nós no ramo plagiotrópico primário (NNO), altura da planta (ALT); diâmetro do caule (DCA) e diâmetro de copa (DCO). Além dessas, foi quantificado em cada avaliação o teor foliar de N e K. No primeiro ano, em ambos os parcelamentos, não houve diferença significativa entre as doses para o crescimento vegetativo do cafeeiro. Quanto ao parcelamento, o P12 foi superior ao P4 em cerca de 10% para ALT, NRA, NNO e DCA e de 30% para o DCO. Em relação ao cultivo em sequeiro, o P12 foi cerca de 14 a 25% superior para ALT, NRA e NNO e 52% para DCA e DCO. O P12 apresentou teor foliar de N (média anual) entre 2,88 3,22 dag kg-1 e para o K de 2,04-2,19 dag kg-1. No segundo ano, o crescimento foi também semelhante nas diferentes doses. O ganho do P12 em relação ao P4 foi cerca de 6 a 10% para ALT, NRA, NNO e DCO. Em relação à testemunha, o ganho foi de 11 a 15% para ALT, NRA e DCA e 21% para DCO. No P12 o teor foliar oscilou entre 2,973,26 dag kg-1 para o N e de 1,83 a 1,96 dag kg-1 para o K2O. Com base no estudo, verificou-se que: o parcelamento em doze aplicações de N e K2O é mais adequado para adubação de primeiro e segundo anos pós-plantio da lavoura cafeeira fertirrigada; a adubação de N e K2O do cafeeiro fertirrigado em formação (1o e 2o anos pós - plantio) deve ser 30% inferior à recomendada por Guimarães et al. (1999) para o cultivo em sequeiro; o cafeeiro fertirrigado apresenta crescimento superior ao cultivado em sequeiro, justificando a fertirrigação no Sul de Minas Gerais; a quantidade aplicada de N e K2O deve ser diferente nas diferentes fases fenológicas do cafeeiro (épocas) ao longo do primeiro e segundo anos pós - plantio.
ASSUNTO(S)
coffea arabica fertirrigação parcelamentos doses teor foliar fitotecnia coffea arabica fertigation split doses foliar content
ACESSO AO ARTIGO
http://bdtd.ufla.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2948Documentos Relacionados
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