Adubação nitrogenada (15NH4NO3) no capim-marandu e efeito residual no milho, em sistema plantio direto

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Ciênc. Solo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-10

RESUMO

O nitrogênio é requerido em grandes quantidades pelas plantas e sua dinâmica no consórcio entre milho e forrageiras tropicais perenes é pouco conhecida. Objetivou-se avaliar a eficiência de utilização da adubação nitrogenada (15NH4NO3) no capim-marandu (Brachiaria brizantha cv. Marandu), proveniente de duas épocas de consórcios com o milho, realizadas após a colheita da cultura granífera, bem como o efeito residual no milho cultivado em sucessão. O experimento foi conduzido na Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP em Botucatu, SP, em Nitossolo Vermelho sob sistema plantio direto. O delineamento experimental foi em blocos casualizados em parcelas subdivididas. As parcelas foram constituídas pelas épocas de consórcio: milho e capim-marandu semeados simultaneamente; e capim-marandu semeado na adubação de cobertura do milho. As subparcelas foram compostas pelas doses de 30, 60 e 120 kg ha-1 de N, aplicadas no capim-marandu após a colheita da cultura do milho. Nas subparcelas, foram alocadas microparcelas para aplicação de nitrato de amônio enriquecido (15NH4NO3) nessas mesmas doses. A época de implantação do consórcio influenciou a produção de massa de matéria seca da forrageira, a quantidade de N na planta proveniente do fertilizante e a eficiência de utilização do N pelas plantas forrageiras. A aplicação de N no outono no capim-marandu, implantado por meio do consórcio com o milho, tanto na semeadura quanto na adubação nitrogenada de cobertura, proporcionou aumento de produtividade da forrageira até a dose de 60 kg ha-1. Os maiores acúmulos de N e a eficiência de utilização do fertilizante pelo capim-marandu, oriundo de ambas as épocas de consórcio, ocorreram aos 160 dias após a fertilização, independentemente das doses de N. O residual das doses de N, aplicadas no capim-marandu, não interferiu na nutrição nitrogenada do milho em sucessão, porém incrementou a produtividade de grãos nas doses de 60 e 120 kg ha-1 de N, quando o cereal foi cultivado sobre palhada proveniente do consórcio implantado na adubação de cobertura do milho. Com base nos resultados, pode-se inferir que a implantação antecipada do consórcio proporciona maior produtividade de massa de matéria seca da forrageira, enquanto quando implantado mais tarde propicia maior produtividade de grãos do milho em sucessão à forrageira adubada com N.

ASSUNTO(S)

zea mays brachiaria brizantha sistema de produção sustentabilidade

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