Alta dose de ciclofosfamida seguida por transplante autologo de medula ossea, e segura e eficaz como terapia de salvamento em linfomas agressivos e na doença de Hodgkin quimiosensiveis

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2001

RESUMO

Uma grande proporção dos pacientes com Doença de Hodgkin e Linfoma não-Hodgkin recidivarão ou não atingirão remissão completa com quünioterapia inicial. O manuseio destes pacientes é usualmente desapontador e a taxa de sobrevida a longo prazo, é inferior a 10%. Resultados de várias séries têm demonstrado que, terapia de alta dose seguida por transplante autólogo de medula óssea ou céluas progenitoras periféricas, pode conseguir melhores taxas de sobrevida livre de doença, a longo prazo, em uma proporção substancial de pacientes. Alta dose de CY, seguida por fatores de crescimento hematopoiéticos, é o regime mais amplamente utilizado para mobilização e coleta de células progenitoras periféricas. O principal objetivo deste estudo prospectivo, foi demonstrar o papel da alta dose de ciclofosfamida em reduzir o crescimento tumoral e promover eficiente mobilização de células CD34+. Além disso, determinar a efetividade da alta dose de CY + VP-16 (+/-MfX na DH), seguida por autotransplante, como terapia de salvamento em pacientes portadores de doença recidivada ou persistente. À partir de 1997 a 2000, 35 pacientes com mediana de idade de 33 anos, portadores de LNH (60%) ou DH (40%) recidivados ou refratários, submeteram-se à tratamento com terapia de escalonamento de dose (CY+ VP-16+/- MfX), seguido por transplante autólogo de células progenitoras periféricas. De acordo com a intenção de tratar, 35 pacientes, foram evoluídos. A mediana global de seguimento foi de 574 dias. 33 pacientes (94.2%) foram submetidos à megaterapia seqüencial e autotransplante com CPP. Estes, receberam uma mediana de 6.42xl08/kg de células CD34+. Os pacientes quimiossensíveis (n=25) e quimionesistentes (n=lO), apresentaram taxas de sobrevida global de 96% e 15%, respectivamente (P=O.0005), à ciclofosfamida. As taxas de SG, ao autotransplante, foram de 92% para os pacientes quimiossensíveis, e 0%, para os pacientes quimiorresistentes (P=O.OO05). Mortalidade relacionada à ciclofosfamida foi de 6.5%. A mortalidade relacionada ao autotransplante foi de 6.00,10. Os resultados são semelhantes e comparam-se favoravelmente à literatura. Alta dose de CY, seguida por megaterapia seqüencial e autotransplante, mostrou ser efetiva e segura, como terapêutica de salvamento em pacientes portadores de LNH a DH, agressivos, com aceitável mortalidade relacionada ao procedimento.

ASSUNTO(S)

toxicidade - testes linfoma medula ossea quimioterapia

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