Ampliando o pool de doadores de rim: utilização de órgãos com disfunção renal aguda

AUTOR(ES)
FONTE

Einstein (São Paulo)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-06

RESUMO

RESUMO Diante da escassez de órgãos para transplante, algumas estratégias têm sido adotadas pela comunidade transplantadora, no sentido de ampliar a oferta de órgãos. Uma delas é a utilização de rins de doadores com critérios expandidos, ou seja, doadores com idade >60 anos ou entre 50 e 59 anos, e que atendem a dois ou mais dos seguintes critérios: história de hipertensão, creatinina sérica terminal >1,5mg/dL e acidente vascular cerebral como causa de morte do doador. Nesta revisão, foi dada ênfase à utilização de doadores com disfunção renal aguda, condição considerada por muitos uma contraindicação para a aceitação de órgãos e, portanto, uma das principais causas de descarte de órgãos. Desde que sejam doadores bem selecionados e que não tenham doença renal crônica, como hipertensão ou diabetes, muitos trabalhos mostraram que o uso de doadores com disfunção renal aguda deve ser encorajado, pois, em geral, a disfunção renal aguda é de caráter reversível. Embora, a maioria dos estudos tenha demonstrado que há uma maior taxa de função retardada do enxerto com a utilização desses órgãos, os resultados de sobrevida do enxerto e do paciente após o transplante são muito semelhantes aos resultados obtidos da utilização de doadores padrão. Os achados clínicos e morfológicos do doador, a utilização da máquina de perfusão e a análise de seus parâmetros, principalmente a resistência intrarrenal, são importantes ferramentas de apoio para tomada de decisão no momento da oferta de órgãos com disfunção renal.

ASSUNTO(S)

transplante de rim função retardada do enxerto sobrevivência de enxerto insuficiência renal doadores de tecidos

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