Análise da capacidade migratória e da ativação de linfócitos T CD4+ por células dendríticas na paracoccidioidomicose expeimental / Analysis of the capacity of migration and activation of TCD4+ lymphocytes by dendritic cells in experimental paracoccidioidomycosis
AUTOR(ES)
Suelen Silvana dos Santos
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
Paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica causada por Paracoccidioides brasiliensis (P. brasiliensis), que acomete preferencialmente o pulmão, sendo este um dos poucos órgãos que está em continua e intensa interação com o meio ambiente e o sistema imune. O grande desafio para o sistema imune pulmonar é discriminar o que é nocivo e reagir de acordo. As células dendríticas (DCs) são apresentadoras de antígenos "profissionais" capazes de fazer o processamento do antígeno e a apresentação de peptídeos a linfócitos T e são ideais para manter este equilíbrio delicado entre a tolerância e uma resposta imune efetora. Sabendo da importância dessas células no sistema imune e que a infecção por P. brasiliensis ataca preferencialmente o pulmão, células de lavado broncoalveolar (BAL), após infecção experimental com leveduras de P. Brasiliensis, foram analisadas. Nós observamos um significante aumento de DCs no BAL após 24hrs da infecção intratraqueal com 104 leveduras de P. brasiliensis. A caracterização das DCs mostraram que essas células expressaram CD11c, MHC-II e DEC205. A fim de verificar a capacidade de migração das DCs, as mesmas foram diferenciadas a partir de células de medula óssea e pulsadas com leveduras de P. brasiliensis, marcadas com CFSE e injetadas intratraquealmente em camundongos. Como controle negativo, utilizamos PBS e DCs não pulsadas com o fungo. Os resultados mostraram, que após 12 horas de infecção, as DCs (CFSE+CD11c+), migraram para os linfonodos torácicos. No entanto, a quantidade destas células diminui discretamente após 24 horas de infecção. Além disso, não observamos DCs nos linfonodos regionais, quando analisamos os grupos controle. Dessa forma, as células pulmonares também foram marcadas in vivo injetando-se intratraquealmente o corante CFSE juntamente com leveduras de P. brasiliensis. Verificamos que após 12 horas, as DCs pulmonares, dos animais infectados com o fungo, migraram para os linfonodos regionais. Esses resultados comprovam que o fungo P. brasiliensis foi capaz de ativar as DCs, induzindo sua migração para linfonodos regionais, e induziu nesse órgão uma resposta por células T evidenciada pela produção preferencial de IL-10.
ASSUNTO(S)
células dendríticas dendritic cells paracoccidioides brasiliensis paracoccidioides brasiliensis paracoccidioidomicose paracoccidioidomycosis
Documentos Relacionados
- Ativação de células dendríticas na geração de células T CD8+ e T CD4+ anti-tumorais de memória
- Effect of dendritic cells on the generation of CD4+CD25+Foxp3+ T cells.
- Paracoccidioidomicose associada a Aids em paciente com a contagem total de quatro células T-CD4+
- Efeito da imunização materna com Ovalbumina na ativação de células dendríticas e geração de linfócitos T reguladores na prole de camundongos.
- Inhibition of Human Immunodeficiency Virus Type 1 Replication in Primary CD4+ T Lymphocytes, Monocytes, and Dendritic Cells by Cytotoxic T Lymphocytes