Análise da força de reação do solo na corrida subaquática de adultos / Ground reaction forces analysis in aquatic run of adults
AUTOR(ES)
Alessandro Haupenthal
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
A corrida subaquática é amplamente utilizada no processo de recuperação funcional terapêutica e no treinamento físico. Com a finalidade de auxiliar na prescrição desse exercício, este trabalho objetivou analisar a influência do nível de imersão e da velocidade nas componentes vertical e ântero-posterior da força de reação do solo (FRS) durante a corrida subaquática. Participaram 22 sujeitos, divididos em grupo masculino (24 3.0 anos e 1.80 0.05 m) e grupo feminino (24 3.0 anos e 1.67 0.05 m). Os grupos foram selecionados de forma a apresentar homogeneidade em relação à densidade corporal, massa magra, massa óssea e porcentagem de gordura. Foi realizada a corrida em dois níveis de imersão (crista ilíaca e processo xifóide) e três velocidades (pré-estabelecida, auto-selecionada e máxima). A coleta de dados foi realizada com uma plataforma de força subaquática posicionada a cinco metros do início de uma passarela de 8 m de comprimento. Foram realizadas seis passagens válidas por sujeito em cada situação. Para a caracterização e análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva, o teste t de Student, ANOVA one-way com post-hoc de Tukey e Regressão Linear Múltipla. Para todos os testes estatísticos o nível de confiança adotado foi de 95%. As forças variaram tanto com a modificação do nível de imersão como da velocidade da corrida subaquática: na componente vertical, observou-se uma variação de 0,68 a 1,13 vezes o peso corporal dos sujeitos; e na componente ântero-posterior, de 0,15 a 0,41 do peso corporal. Na análise das curvas foi constatado que as componentes da FRS foram modificadas quando comparadas às curvas da corrida em terra: a componente vertical não apresentou o pico de impacto e a componente ântero-posterior não apresentou a fase negativa. Conclui-se que tanto a alteração da velocidade quanto a alteração da imersão alteram o valor das componentes da FRS. Um aumento na velocidade da corrida acarreta em aumento principalmente da componente ântero-posterior, enquanto que a diminuição do nível de imersão acarreta em aumento principalmente da componente vertical. Com relação ao sexo, apesar dos grupos serem homogêneos quanto à constituição física, apresentaram diferença significativa nos valores das forças da corrida subaquática no nível de imersão da crista ilíaca. O aparecimento de diferenças no valor das forças entre os gêneros alerta para o cuidado na prescrição deste exercício entre homens e mulheres. Os profissionais devem levar em conta as alterações causadas pela variação do nível de imersão e da velocidade de execução do movimento para a prescrição de atividades em ambiente aquático.
ASSUNTO(S)
educacao fisica aquatic training reabilitação aquática biomecânica run biomechanics aquatic rehabilitation ground reaction forces hidroginástica força de reação do solo corrida
ACESSO AO ARTIGO
http://www.tede.udesc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1240Documentos Relacionados
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