Análise dos fatores de risco para mortalidade na estimulação pediátrica endocárdica transfemoral: experiência em longo prazo

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-06

RESUMO

OBJETIVO: A estimulação cardíaca permanente melhora a sobrevida de crianças com bradicardia congênita ou adquirida, embora a mortalidade após o implante de marcapasso permaneça relativamente alta. O objetivo deste estudo foi avaliar os resultados em longo prazo de crianças submetidas a implante de marcapasso endocárdico pela veia femoral, incluindo a identificação de fatores de risco associados à mortalidade. MÉTODO: De 1981 a 2000, 99 pacientes variando em idade de um dia a 13 anos (4,1 ± 3,6 com mediana = 3 anos) foram submetidos a implante de marcapasso permanente pela via femoral devido a bradicardia de origem congênita (39,4%), pós-cirúrgica (54,5%) ou adquirida não cirurgicamente (6,1%). RESULTADOS: Ao final de 7,1 ± 5,3 anos (708,3 pacientes-anos) de seguimento, 18 (18,2%) pacientes haviam morrido. A sobrevida atuarial foi de 85%, 79,5%, e 74,2%, aos cinco, 10, e 15 anos, respectivamente. Os fatores independentes de mortalidade identificados pela análise proporcional de Cox foram: menor idade ao implante (p = 0,028), presença de anomalias cardíacas não corrigidas ou presença de próteses intracardíacas (p = 0,0001) e evidências radiográficas de cardiomegalia (p = 0,035). CONCLUSÕES: A estimulação cardíaca endocárdica permanente pela via femoral apresenta expectativa de sobrevida comparável a outras técnicas, com baixas taxas de complicações devidas ao implante de marcapasso. A sobrevida em longo prazo foi limitada pela menor idade e dilatação cardíaca no momento do implante, assim como pela presença de defeitos cardíacos sem correção ou de próteses valvares.

ASSUNTO(S)

estimulação cardíaca artificial pediatria bloqueio cardíaco fatores de risco

Documentos Relacionados