Angústia, a impossibilidade do ser

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Nesta dissertação foi realizada análise e discussão acerca da estruturação discursiva da angústia a partir dos referenciais teóricos da Semiótica e da Psicanálise lacaniana. Para a Semiótica, essa dissertação pode trazer contribuições à medida que amplifica seu campo de abrangência, além de constituir uma fonte de dados para pesquisas futuras. Para a Psicanálise, o método de investigação objetivo da Semiótica pode favorecer o trabalho daqueles que exercem a psicanálise, conforme a importância da escuta e apreensão dos sentidos para essa área de abrangência. Foram realizadas pesquisas bibliográfica acerca das teorias discutidas, pesquisa documental, na qual se buscou blogs da internet que trouxessem a angústia como conteúdo e, por fim, a pesquisa explicativa, por meio da qual se analisou os conteúdos do corpus. Na análise do corpus observou-se que a microssintaxe da angústia pode ser descrita, principalmente, por meio do seguinte arranjo modal: querer ser x não poder ser. Além disso, ao contrário do que se pensou inicialmente, a angústia não aparece vinculada apenas a estados disjuntivos, mas também aos estados conjuntivos. Sua macrossintaxe evidenciou a complexidade das relações entre a angústia e os demais afetos, principalmente a ansiedade e o medo. Em relação ao aspecto e tensividade, a angústia mostrou-se durativa e com níveis variáveis de intensidade, o que se relaciona diretamente às conseqüências desse afeto.

ASSUNTO(S)

semiótica análise do discurso psicanálise e linguística

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