Antibioticoprofilaxia em cirurgia bariátrica: infusão contínua de cefazolina versus ampicilina/sulbactam e ertapenem

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Gastroenterol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-06

RESUMO

Contexto A incidência de infecção de sítio cirúrgico em pacientes bariátricos é significativa e as recomendações atuais para a profilaxia antibiótica são por vezes inadequadas. Objetivo O objetivo deste estudo foi analisar o efeito de três esquemas de antibióticos profiláticos sobre a incidência de infecção de sítio cirúrgico. Método Estudo prospectivo, transversal, foi realizado entre janeiro de 2009 e janeiro de 2013, em que 896 derivações gástricas em Y de Roux foram realizadas para tratar a obesidade. O estudo comparou três grupos de pacientes de acordo com a profilaxia antibiótica administrada no perioperatória por via intravenosa, iniciada na indução anestésica: Grupo I constituído de 194 pacientes tratados com duas doses de 3 g de ampicilina/sulbactam; Grupo II com 303 pacientes tratados com uma única dose de 1 g de ertapenem; e Grupo III com 399 pacientes tratados com uma dose de 2 g de cefazolina no momento da indução da anestésica seguida de uma infusão contínua de cefazolina 1 g durante o procedimento cirúrgico. A taxa de infecção de sítio cirúrgico foi analisada, bem como a sua associação com a idade, sexo, peso pré-operatório, o índice de massa corporal e comorbidades. Resultados As taxas de infecção do sítio cirúrgico foram de 4,16% no grupo tratado profilaticamente com ampicilina/sulbactam, 1,98% no grupo de ertapenem e 1,55% no grupo de cefazolina contínua. Conclusão O uso profilático de cefazolina contínua em cirurgias para obesidade mórbida apresenta resultados muito promissores. Estes resultados sugerem que alguns regimes profiláticos precisam ser reconsiderados e até mesmo substituídos por terapias mais eficazes para a prevenção de infecções de sítio cirúrgico em pacientes bariátricos.

ASSUNTO(S)

infecção cirurgia bariátrica cefazolina gastroplastia obesidade

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