Aplicação do Inventário de Comportamentos Autísticos: a concordância nas observações entre pais e profissionais em dois contextos de intervenção

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-09

RESUMO

OBJETIVO: Verificar a concordância das respostas no Inventário de Comportamentos Autísticos de mães e de profissionais de crianças pertencentes ao espectro autístico. MÉTODO: Entrevistou-se 23 mães de crianças do Espectro Autístico (DSM-IV-TR, 2002) inseridas em programa educacional da Associação dos Amigos do Autista-SP. O profissional da instituição responsável pelas crianças preencheu o questionário sob forma de observação de comportamentos. Para comparação, entrevistou-se 15 mães de crianças do Espectro Autístico (DSM-IV-TR, 2002) do ambulatório de fonoaudiologia da Universidade Federal de São Paulo e os fonoaudiólogos responsáveis pelas crianças preencheram o questionário sob forma de observação. Empregou-se o Kappa para obter a freqüência de concordância entre as observações das mães e do profissional no total e nas áreas do Inventário de Comportamentos Autísticos, e teste T-student para avaliar diferenças ou igualdades entre os resultados de Kappa. RESULTADOS: No escore total, o índice de concordância foi baixo, com diferença estatisticamente significante entre os dois grupos (p < 0,001). Para cada uma das subáreas do Inventário de Comportamentos Autísticos, o índice de concordância também foi baixo, mas teve maior concordância no grupo atendido no serviço público, nas áreas de Linguagem, Corpo e Uso de Objeto, e Relacionamento (p < 0,001). CONCLUSÃO: Houve discordância entre as observações nos dois contextos de intervenção; porém, no serviço público, a concordância foi melhor do que na Associação dos Amigos do Autista.

ASSUNTO(S)

transtorno autístico comportamento estudos de avaliação questionários reprodutibilidade dos testes

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