Aquisição da coda vibrante: o estabelecimento de pistas fonético-acústicas

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. soc. bras. fonoaudiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012

RESUMO

OBJETIVO: Caracterizar acusticamente as produções da coda vibrante julgadas auditivamente como alvo; identificar a existência ou não de contrastes encobertos, nas produções julgadas auditivamente como tendo omissão da coda vibrante; e, quando existentes, caracterizar de que modo são marcados acusticamente na fala. MÉTODOS: Foram extraídas de um banco de dados, com o uso do software PRAAT, palavras produzidas por 30 crianças (3-4 anos) em desenvolvimento normal, que continham a coda vibrante medial na sílaba tônica, no contexto das vogais /i/, /a/ e /u/. Após a caracterização perceptivo-auditiva das produções, realizou-se uma análise acústica a partir das trajetórias formânticas (F1, F2 e F3) e duração relativa da sílaba que envolvia a coda vibrante. Os dados foram estatisticamente analisados. RESULTADOS: Na análise perceptivo-auditiva, 77,8% de produções foram julgadas como alvo, 12,2% como omitidas, e 10% como substituídas, variando em função do contexto vocálico. Na análise acústica das produções alvo, verificou-se que as crianças utilizam preferencialmente os parâmetros relativos à trajetória formântica de F2 e F3 para marcarem a aquisição dessa estrutura. Analogamente, na análise acústica das produções julgadas como omitidas, contatou-se a presença de contrastes encobertos, marcados pela intercepção dos parâmetros adotados. CONCLUSÃO: A análise acústica mostra‑se um recurso necessário e imprescindível para a descrição e caracterização do modo pelo qual as crianças iniciam o domínio das pistas fonético-acústicas até atingirem o contraste efetivo da coda vibrante.

ASSUNTO(S)

acústica da fala criança linguagem infantil fonética medida da produção da fala

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