Arranjo socioprodutivo de base comunitária (apl.com): um projeto piloto na comunidade do entorno da Micro-Bacia do Rio Sagrado (Morretes-PR)
AUTOR(ES)
Flávia Keller Alves
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Arranjo Socioprodutivo de Base Comunitária (APL.Com) ainda é uma denominação bastante restrita na literatura. Diante dos modelos de gestão organizacional e interorganizacional voltados para o crescimento econômico de curto prazo, negligenciando problemas socioambientais de médio e longo prazos, surge uma metodologia de gestão socioprodutiva e sociopolítica que fomenta comunidades tradicionais a protagonizarem seus modos de produção parametrizados em princípios de sustentabilidade territoriais próprios. O APL.Com é uma rede de esforços socioprodutivos e institucionais, qualificados como participativos e associativos, no qual predomina o reconhecimento do território e se valoriza o conhecimento tradicional-comunitário. Trata-se de ações conjuntas que conduzem a um sistema de extração, produção e distribuição coletivo, parametrizados pelo enfoque do desenvolvimento sustentável, envolvendo grupos e socioempreendedores formal ou informalmente organizados, que contribuem para a inserção de comunidades que possuem desvantagens históricas na economia de mercado e, ao mesmo tempo, asseguram uma dinâmica comunitária própria, como é o caso das comunidades aos arredores da Micro-Bacia do Rio Sagrado, Morretes, Paraná. Neste contexto o objetivo geral é consolidar um construto teórico denominado Arranjo Socioprodutivo de Base Comunitária (APL.Com) baseando-se sobretudo na literatura oriunda das Ciências Ambientais e da Economia e em experimentos empíricos em curso e, ao mesmo tempo, fomentar um projeto piloto na Micro-bacia do Rio Sagrado, a partir da produção e comercialização de artesanato e produtos agroindustrializados. Para tanto, realizou-se um diagnóstico da comunidade local, a fim de obterem-se dados ecossocioeconômicos, bem como identificar quais os socioempreendimentos que poderiam compor o APL.Com na localidade. Propuseram-se, também, ações para reorganização da Associação Comunitária Candonga de modo a configurar a matriz do arranjo e, ainda, a configuração de um APL.Com.. Os dados foram obtidos através de reuniões, visitas, vivências, encontros e entrevistas estruturadas. Como principais resultados, identificaram-se os socioempreendimentos da localidade que podem compor o arranjo, composto pelas Associações locais e pela Hospedaria e Espaço de Convivencialidade Montanha Beija-flor Dourado, entre outros parceiros, como a Prefeitura Municipal de Morretes, EMATER, FURB, Instituto LaGOE. Os dados obtidos através do diagnóstico refletem a realidade da localidade, com a distribuição de renda e índices de escolaridade baixos, mas com esforços de união e solidariedade, dos quais fazem brotar encadeamentos socioprodutivos em diversas relações. O APL.Com, por sua vez, potencializa o chamado turismo comunitário que é uma estratégia para que populações tradicionais sejam protagonistas de seus modos de vida. Por fim, a prospecção de um arranjo socioprodutivo de base comunitária para a Micro-bacia do Rio Sagrado suporta um construto teórico a respeito do tema, proposto inicialmente por Sampaio et al (2004a , 2004b), a partir de uma experiência em curso, que propõe-se articular-se com redes de comércio justo
ASSUNTO(S)
comércio justo socioproductive arrangement of communitarian base (apl.com) desenvolvimento econômico - morretes (pr); desenvolvimento sustentável - morretes (pr) arranjo socioprodutivo de base comunitária (apl.com) fair trade administracao
ACESSO AO ARTIGO
http://proxy.furb.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=506Documentos Relacionados
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