As marcas corporais segundo a percepção de profissionais de saúde: adorno ou estigma?

AUTOR(ES)
FONTE

Ciência & Saúde Coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-04

RESUMO

O uso de marcas corporais tem se tornado cada vez mais frequente, sobretudo entre adolescentes. Através de abordagem qualitativa, este estudo pretende avaliar se o uso de piercings e tatuagens afeta o cuidado prestado por auxiliares de enfermagem a adolescentes internados e identificar influências na formação dos significados atribuídos às marcas. Foram entrevistados auxiliares que trabalham em enfermaria específica para o atendimento de adolescentes. Após análise das entrevistas, foram formuladas categorias para melhor apreensão do sentido atribuído pelos auxiliares ao uso de marcas. Algumas categorias foram recorrentes, destacando-se a associação das marcas a: comportamentos de desvio; apelo erótico e consumismo; gesto de coragem; riscos de adoecimento e doença mental. Religião e valores familiares predominaram sobre a formação profissional em relação aos significados atribuídos ao objeto de estudo. Conclui-se que a visão negativa em relação às marcas relaciona-se diretamente ao cuidado. A quantidade de marcas, a localização, o tipo, a idade do adolescente e o caráter definitivo/transitório interferem na interpretação dos profissionais. Contudo, marcas corporais são ferramentas semiológicas importantes, devendo ser incluídas no roteiro de avaliação dos adolescentes.

ASSUNTO(S)

tatuagem piercing corporal adolescente auxiliares de enfermagem pessoal de saúde

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