Aspectos histopatológicos e imuno-histoquímicos da leishmaniose tegumentar americana antes e depois de diferentes tratamentos

AUTOR(ES)
FONTE

An. Bras. Dermatol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-02

RESUMO

FUNDAMENTOS: A histopatologia e as respostas imunológicas do processo de cura da leishmaniose são ainda pouco estudadas. OBJETIVOS: Este estudo teve como objetivo avaliar os aspectos histopatológicos e imunológicos das lesões de pacientes com leishmaniose tegumentar, antes e após diferentes métodos terapêuticos. MÉTODOS: Foram estudados 23 indivíduos agrupados de acordo com os tratamentos: Glucantime, Glucantime + Leishvacin e Glucantime + Leishvacin associado com Bacilo Calmette-Guerin. Para a análise das alterações histopatológicas presentes na derme e epiderme, cortes histológicos foram corados com hematoxilina e eosina. Para avaliar a expressão de interferon (IFN)-γ, interleucina (IL) 12, IL-10 e IL-4 foi utilizada a técnica de imuno-histoquímica antes e após o tratamento. RESULTADOS: Antes do tratamento houve um intenso infiltrado de células mononucleares, após o tratamento, mesmo com um diagnóstico de cura clínica, apresentou-se ainda um moderado processo inflamatório. Na análise imuno-histoquímica, notamos uma diferença entre as citocinas, com expressão aumentada de citocinas IFN-γ e IL-12 em comparação com IL-10 e IL-4 tanto antes quanto depois do tratamento, e comparativamente, a diferença nesta expressão mostrou-se mais intensa antes do tratamento. No entanto, a expressão das citocinas analisadas por grupo de tratamento não mostraram diferenças estatisticamente significativas. CONCLUSÃO: Concluímos que uma cura clínica nem sempre coincide com a cura histopatológica, e que antes do tratamento há uma predominância de citocinas Th1. Para os tratamentos, não houve diferença na progressão da cura para todos os três tipos de tratamento, indicando a equivalência clínica dos tratamentos.

ASSUNTO(S)

citocinas histologia imunoistoquímica leishmaniose leishmaniose cutânea

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