Aspectos imunologicos e histolologicos de baços de camundongos com coronavirus
AUTOR(ES)
Edson Delgado Rodrigues
DATA DE PUBLICAÇÃO
1997
RESUMO
A presença de coronavírus do tipo MHV foi associado à cepas Y de T. cruzi usualmente empregadas em modelos experimentais da Doença de Chagas, sugerindo que as observações imunohistológicas desenvolvidas nos animais são decorrentes da infecção concomitante do protozoário com o vírus (Exp. Parasitol. 78:429-431, 1994). Neste trabalho camundongos foram submetidos à infecção pelo coronavírus, visando o estudo da ativação de lintõcitos B esplênicos e das possíveis alterações histológicas nesse órgão. Camundongos CBNJ obtidos de colônias "SPF" (CEMIB-UNICAMP) foram inoculados intraperitonealmente com uma dose da suspensão viral, determinada através de uma estimativa de DLs() . Nos dias 3, 7, 11 e 15 pós-infecção, os camundongos foram sangrados para a obtenção de soros e sacrificados a seguir. Os baços isolados foram pesados e preparadas suspensões celulares que foram utilizadas nos ensaios de PFC-reverso, visando a determinação do número de células secretoras de imunoglobulinas No mesmo período, cortes histológicos corados com Hematoxilina Eosina foram utilizados para a pesquisa de alterações na estrutura interna do órgão. Nesta cinética de estudo pôde-se observar que entre os dias 7 e 11 pós-infecção houve um aumento no peso dos baços infectados (2 a 3 vezes superiores aos controles) associado com um aumento de 7 a 8 vezes no número de células secretoras de imunoglobulinas totais (PFC com anti-IgTotal) e de 5-6 vezes no número de células secretoras de imunoglobulinas da classe IgM (PFC com anti-lgM). Não foram detectados anticorpos específicos anti-MHV nos soros de quaisquer destes animais durante o período de observação. Alterações histológicas foram observadas nas preparações de animais infectados, caracterizadas por uma leve desestruturação nas áreas de polpa branca e polpa vermelha, quando comparadas com aquelas de baços normais. A alteração no perfil de linfócitos B esplênicos de camundongos infectados com o coronavírus caracterizada pelo aumento no número de células secretoras de imunglobulinas, está possivelment( associada à um processo de ativação policlonal. Assim, urna infecção sub-clínica dessa estirpe vira associada com outros patógenos poderá alterar substancialmente a resposta imune de animai desenvolvendo diferentes patologias.
ASSUNTO(S)
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http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000189624Documentos Relacionados
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