Aspectos operacionais do controle do Triatoma brasiliensis
AUTOR(ES)
Diotaiuti, Liléia, Faria Filho, Osvaldo F., Carneiro, Francisco C. F., Dias, João Carlos Pinto, Pires, Herton Helder R., Schofield, Christopher J.
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2000
RESUMO
O controle de triatomíneos é dificultado pela capacidade de reinvasão das casas por exemplares silvestres. Entre agosto/96 e dezembro/97 realizou-se, no Ceará, um estudo a respeito da reinfestação das casas após borrifação. Das 277 Unidades Domiciliares UD pesquisadas, 40,8% estavam infestadas (21,7% dos intradomicílios e 35,4% dos peridomicílios). Dos 433 triatomíneos capturados, 207 eram Triatoma brasiliensis (48,8% no intradomicílio, média de 1,8 insetos/casa) e 226 Triatoma pseudomaculata (97,3% no peridomicílio). Ocorre um único ciclo anual do T. brasiliensis, e dois ciclos anuais do T. pseudomaculata. Quatro meses após a borrifação, 9,7% das unidades domiciliares permaneciam positivas, principalmente no peridomicílio; 10,3% das UD foram positivas em todas as avaliações. O teste de suscetibilidade biológica à deltametrina revelou a persistência do inseticida no intradomicílio até nove meses após a borrifação. A prevalência global da infecção humana foi de 5,7%, tendo sido positivas cinco crianças menores de dez anos. Considerando-se a alta pressão de recolonização a partir de exemplares silvestres, propõe-se, como metodologia de controle, um sistema misto da avaliação tradicional e a vigilância epidemiológica.
ASSUNTO(S)
doença de chagas triatominae controle de vetores insetos vetores prevenção e controle
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