Atividades antinociceptiva e antiinflamatÃria da lectina da alga marinha vermelha Pterocladiella capilacea (S.G. Gmelin) Santelices &Hommersand / Antinociceptive and anti-inflammatory activities of The lectin from the marine red alga pterocladiella capillacea pc) capilacea (s.g. gmelin) santelices &hommersand

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/02/2008

RESUMO

Lectinas de algas marinhas tÃm-se mostrado importantes ferramentas biotecnolÃgicas. Objetivou-se estudar as atividades antinociceptivas e antiinflamatÃrias da lectina da alga marinha vermelha Pterocladiella capillacea (Pc). A Pc, apresentando atividade hemaglutinante contra eritrÃcitos tripsinizados de coelho, foi obtida a partir da aplicaÃÃo do extrato protÃico total em cromatografia de troca iÃnica em coluna de DEAE-celulose seguida da cromatografia de afinidade em coluna de goma de guar. A seguir, foi utilizada nos ensaios de nocicepÃÃo e inflamaÃÃo, utilizando camundongos machos Swiss e ratos machos Wistar, respectivamente. Pc (0,9; 8,1 ou 72,9 mg/kg; i.v) foi administrada 30 min antes de cada estÃmulo nocigÃnico, ou seja, antes da injeÃÃo i.p de Ãcido acÃtico a 0,8% (10 μL/mL), da injeÃÃo intraplantar de formalina a 1% (20 μL/pata) ou do teste da Placa quente (51Â1 ÂC), e comparada a animais nÃo tratados ou prÃ-tratados com Indometacina ou Morfina, ambas a 5 mg/kg; s.c. Observou-se que a Pc (0,9; 8,1 ou 72,9 mg/kg) reduziu significantemente o nÃmero de contorÃÃes abdominais induzidas pelo Ãcido acÃtico em 29,2%; 39,3%, e 51,9%, respectivamente. Pc (72,9 mg/kg) tambÃm reduziu (p<0,05) a fase 1 (neurogÃnica) e a fase 2 (inflamatÃria) observadas apÃs administraÃÃo da formalina, em 58% e 87%, respectivamente. Entretanto, a Pc (72,9 mg/kg) nÃo foi capaz de reduzir a nocicepÃÃo observada no teste da Placa Quente, quando comparada à morfina. Os efeitos antinociceptivos da Pc foram abolidos quando a Pc foi prÃ-incubada com a glicoproteÃna mucina (1,25 mg/mL), inibidora de sua atividade hemaglutinante. Sugere-se, portanto, que a atividade antinociceptiva da Pc possa ser predominante via inibiÃÃo de mecanismos perifÃricos. Assim, seguiram-se os ensaios de induÃÃo da migraÃÃo neutrofÃlica para cavidade peritoneal ou do edema de pata de ratos por Carragenana (Cg-tipo l; 500 g/cavidade ou pata), onde observou-se que a administraÃÃo da Pc (8,1 mg/kg; i.v) 30 min antes da Cg reduziu significativamente a contagem do nÃmero de neutrÃfilos em 84%. No entanto, a Pc nÃo foi capaz de prevenir o edema de pata induzido pela Cg. Desta forma, sugere-se que esta proteÃna foi capaz de reduzir o mecanismo de migraÃÃo de neutrÃfilos, possivelmente ligando-se à molÃculas especÃficas celulares, como por exemplo, selectinas. Para confirmar sua seguranÃa, a PC (8,1 mg/kg) foi administrada em camundongos diariamente e no 7 dia foram coletadas amostras sanguÃneas para dosagens de urÃia e transaminases (TGO e TGP), e pesados rins e fÃgado. Observou-se que a Pc nÃo causou alteraÃÃes significativas, sugerindo portanto, ser segura no perÃodo de administraÃÃo avaliado. Dessa forma, considerando os dados em conjunto, conclui-se que a Pc possui propriedades antinociceptiva e antiinflamatÃria com aÃÃo perifÃrica.

ASSUNTO(S)

bioquimica lectina alga marinha antinocicepÃÃo inflamaÃÃo lectin marine algae antinociception inflammation

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