Auto-avaliação do estado de saúde em idosos usuários do Sistema Único de Saúde de Goiânia-Goiás / Self-rated of health status in elderly users of the Unified System of Health from Goiânia,Goiás.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/12/2009

RESUMO

A auto-avaliação do estado de saúde é um dos indicadores mais empregados em estudos com a população idosa. Existem evidências de sua confiabilidade e de seu potencial na predição da mortalidade e do declínio funcional. A percepção da saúde representa uma visão multidimensional e subjetiva do individuo, que costuma considerar uma série de fatores quando analisam sua própria saúde. O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência da auto-avaliação do estado de saúde ruim e seus fatores associados em idosos usuários do Sistema Único de Saúde de Goiânia-GO. Trata-se de um estudo transversal, de base populacional, com idosos de 60 anos ou mais. Os dados foram coletados no período de dezembro de 2008 a março de 2009. Aplicou-se questionário padronizado incluindo variáveis socioeconômicas, demográficas, condições de saúde e estilo de vida. A auto-avaliação de saúde foi dicotomizada em auto-avaliação de saúde boa (muito boa/boa/regular) e ruim (fraca/péssima). Realizou-se análise descritiva das variáveis do estudo e as associações entre auto-avaliação do estado de saúde ruim e as co-variáveis foram exploradas através da Razão de Prevalência (RP) e respectivos IC 95%. A análise multivariada foi realizada por meio da Regressão de Poisson hierarquizada. Foram inseridas nesta análise as variáveis com p<0,20. As análises foram realizadas no STATA 8.0. Foram entrevistados 403 idosos sendo 66% do sexo feminino, 29,8% na faixa etária de 65 a 69 anos, 28,8% com menos de 1 ano de estudo e 56,1% de idosos vivendo com companheiro. A auto-avaliação do estado de saúde ruim foi referida por 27,5% dos idosos, com maior prevalência entre as mulheres (29,7%) e na faixa etária de 60-64 anos (29,1%). Na análise bivariada a os fatores associados à auto-avaliação do estado de saúde ruim foram: viver sem companheiro, ter 3 ou mais morbidades, ter Diabetes Mellitus e Doenças Osteomusculares, ter sido internado no último ano, fazer uso de 5 ou mais medicamentos e não praticar atividade física. Observando as estimativas de efeito, as maiores Razões de Prevalência foram: não praticar atividade física (RP=2,17; IC95% 1,44 3,66), doenças osteomusculares (RP=1,84; IC95% 1,26 2,68), internação no último ano (RP=1,62; IC95% 1,10 2,41) e Diabetes Mellitus (RP=1,52; IC95% 1,02 2,27). Os resultados deste estudo mostram que vários fatores estão associados à auto-avaliação ruim da saúde. No entanto, entre os idosos usuários do SUS em Goiânia, a auto-avaliação de saúde ruim está fortemente associada com as condições de saúde. Partindo-se do pressuposto que este indicador pode auxiliar na avaliação objetiva do estado de saúde dos idosos, este conhecimento pode contribuir para a orientação e formulação de políticas que visem promover a saúde e a qualidade de vida dos idosos.

ASSUNTO(S)

auto-avaliação de saúde idosos sistema Único de saúde enfermagem self-rated health elderly unified health system

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