Avaliação a médio prazo do controle de fatores de risco de doença cardiovascular em coorte prospectiva de pacientes de alto risco tratados por intervenção coronária percutânea
AUTOR(ES)
Pavão, Rafael Brolio, Marin-Neto, José Antonio, Novaes, Gustavo Caires, Pinto, Marcelo Rodrigues, Figueiredo, Geraldo Luiz, Lago, Igor Matos, Lima Filho, Moysés de Oliveira, Lemos, Daniel Conterno, Tonani, Monique, Antloga, Cleide Marques, Oliveira, Luciana Correa de, Marchini, Julio F. M.
FONTE
Rev. Bras. Cardiol. Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-06
RESUMO
INTRODUÇÃO: A prevenção secundária após intervenção coronária percutânea (ICP) é fundamental para melhorar a sobrevida livre de eventos e consiste principalmente no controle de fatores de risco. Analisou-se a prevenção secundária de pacientes de alto risco, incluídos prospectivamente no estudo Sequence Variation in Platelet Aggregation in Response to Clopidogrel and aspirin (SPARC). MÉTODOS: Foram arrolados 187 pacientes consecutivos entre dezembro de 2009 e fevereiro de 2011, tratados por ICP com stent e avaliados em retornos ambulatoriais de 30 dias, 3 meses, 6 meses e 12 meses quanto ao controle de hipertensão arterial, disglicemia, dislipidemia e tabagismo, e medidas terapêuticas respectivas. RESULTADOS: Houve aumento significativo de pacientes com controle pressórico (29%; P = 0,02), que cessaram tabagismo (18%; P = 0,003), e que receberam hipolipemiantes (19%; P < 0,0001) entre a internação para ICP e o primeiro retorno após o procedimento. Esse melhora do controle de fatores de risco refletiu-se em redução do escore de risco de Framingham médio observado no mesmo período (9,9%; P < 0,0001). Durante seguimento de até 12 meses o ganho atingido na internação para ICP se manteve para todos os fatores de risco. CONCLUSÕES: Observou-se efeito importante relativamente à internação índice para ICP, com aumento da prescrição de medicamentos para controle de fatores de risco e alcance de metas. Esse estudo identifica relevante janela de oportunidade para priorização do controle de fatores de risco na internação inicial, quando ganhos expressivos são observados e mantidos. Mas também explicita que esforços adicionais são necessários para expandir o benefício da prevenção secundária no seguimento a médio prazo de pacientes tratados por ICP.
ASSUNTO(S)
doença da artéria coronariana angioplastia stents fatores de risco prevenção de doenças
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