Avaliação clínica e bioquímica da saliva de pacientes com xerostomia induzida por radioterapia

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Oral Research

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-03

RESUMO

Foram avaliados alguns aspectos clínicos e algumas propriedades bioquímicas salivares de 21 pacientes, antes e após o tratamento radioterápico para câncer de cabeça e pescoço (grupo experimental) e de 21 pacientes sem câncer (grupo controle). O fluxo salivar foi avaliado pelo tempo necessário (segundos) para produção estimulada de 2 ml de saliva e a capacidade tamponante determinada frente à utilização de um método colorimétrico simples. A concentração de proteína total salivar foi determinada pelo método de Bradford4. A atividade da amilase foi mensurada através dos açúcares redutores liberados e quantificados pelo método do ácido dinitrossalicílico utilizando a glicose como substrato. O perfil eletroforético foi avaliado em gel de poliacrilamida (SDS-PAGE 12%) para amostras salivares contendo 5 mg de proteína. Foi observada, no grupo experimental, redução estatisticamente significativa (p < 0,01) para o fluxo salivar (162,47 s ± 28,30 antes e 568,71 s ± 79,75 após) e para a capacidade tamponante (pH 5,45 ± 0,14 antes e 4,40 ± 0,15 após). Não foi observada alteração estatisticamente significativa na concentração de proteína. A atividade específica da a-amilase foi significativamente diminuída (p < 0,01) (856,6 ng/mg ± 88,0 antes e 567,0 ng/mg ± 120,6 após). No perfil eletroforético, foram observadas diferenças nas bandas protéicas, principalmente na faixa de peso molecular de 72.000 a 55.000 Da. Clinicamente, os pacientes com xerostomia induzida pela radioterapia apresentaram aumento de lesões na mucosa.

ASSUNTO(S)

radioterapia saliva xerostomia bioquímica

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