Avaliação clínico-laboratorial de pacientes co-infectados com o vírus da hepatite C e HIV-1 em relação ao tipo de terapia antirretroviral recebida

AUTOR(ES)
FONTE

Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-02

RESUMO

Durante o ano de 2001, um estudo retrospectivo e descritivo foi efetuado a fim de determinar a influência da terapia antirretroviral recebida por 111 pacientes co-infectados HIV-HCV que tinham se submetido ao menos a uma biopsia hepática. Destes, 74 foram tratados com um regime contendo inibidor da protease (WPI) e 37 com um regime do não contendo inibidor da protease (NPI). As características principais encontradas eram: uma população de pacientes jovem (idade média 41 anos em ambos os grupos), composta na maior parte por indivíduos masculinos (74,3% WPI e 51,4% NPI) com fatores de risco precedentes para ambas as infecções (WPI 93,2% e NPI 89,2%). Os achados mais significativos incluíram doença definidora de AIDS (WPI 18,9% e NPI 13,5% dos casos), nível elevado de enzimas hepáticas (WPI: SGOT 52.1 e NPI 53.2), ausência de sintomas relacionáveis à doença hepática (16.2% para ambos os grupos), CD4 contagem média 350 para ambos os grupos (WPI 362.2 e NPI 378.1), fibrose predominantemente de baixo grau em ambas as populações (0-2 em 63,6% de pacientes de WPI e em 80% de pacientes de NPI), com atividade necro-inflamatória que varia de 5-7 em 51.3% e em 42,9% de pacientes de WPI e de pacientes de NPI, respectivamente. Foi concluído que uma nova biópsia hepática deveria ser executada em todos os pacientes para determinar melhor qual a diferença no avanço da doença em ambos os grupos.

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