Avaliação da manutenção do torque durante abdução isométrica e do desempenho muscular durante abdução concêntrica e excêntrica em sujeitos com síndrome do impacto do ombro

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Além da escassez de estudos com abordagem na avaliação da manutenção do torque em portadores da síndrome do impacto do ombro, estudos sobre a fase excêntrica da elevação do braço também são bastante escassos. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a manutenção do torque submáximo durante a abdução isométrica e o desempenho muscular durante abdução concêntrica e excêntrica em sujeitos com síndrome do impacto subacromial (SIS) e sujeitos saudáveis. O grupo SIS consistiu de 27 sujeitos (33,48  9,94 anos) com SIS unilateral e foi divido em dois grupos: 1) SIS com lado dominante acometido; 2) SIS com lado não-dominante acometido. O grupo controle consistiu de 23 sujeitos saudáveis (32,26  9,04 anos). O pico de torque e a manutenção do torque foram registrados durante a abdução isométrica (80 no plano escapular) do ombro. Desvio-padrão, coeficiente de variação, tempo de estabilidade, freqüência mediana e potência relativa foram calculados para cada repetição da avaliação de manutenção do torque. O torque alvo foi 35% do pico de torque. Não foram identificadas interações significativas entre grupo e lado (P>0,05), assim como não houve diferenças significativas entre grupos e lados (P>0,05) para todas as variáveis analisadas. Pico de torque, trabalho total e tempo de aceleração foram avaliados durante abdução isocinética concêntrica e excêntrica do ombro, bilateralmente, a 60/s e 180/s. Também não foram encontradas interações significativas entre grupos e lado (P>0,05), assim como não foram encontrados efeitos de grupo e lado (P>0,05) para todas as variáveis analisadas durante a abdução concêntrica do ombro para ambas as velocidades testadas. Durante as contrações excêntricas, menor trabalho total (P<0,05) foi demonstrado no lado não-dominante não-acometido do grupo SIS a 60/s, e no lado não-acometido dos grupos SIS a 180/s quando comparado com o lado dominante do grupo controle. A 180/s, o lado não-dominante não-acometido do grupo SIS demonstrou maior tempo de aceleração (P<0,05) quando comparado com o lado dominante do grupo controle, assim como o lado não-dominante acometido do grupo SIS quando comparado com o lado nãodominante do grupo controle. Os resultados do presente estudo mostraram que a manutenção do torque está preservada na SIS durante a abdução isométrica do ombro. Também não foram demonstradas alterações nos parâmetros avaliados durante as fases concêntrica e excêntrica da abdução isocinética em sujeitos com SIS quando comparados com um grupo controle. No entanto, alterações podem ser observadas no lado contralateral durante a fase excêntrica em sujeitos com SIS unilateral.

ASSUNTO(S)

ombro subacromial dinamômetro isocinético fisioterapia fisioterapia e terapia ocupacional

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