Avaliação de métodos na detecção da MIC de vancomicina e mudanças na acurácia relacionada a diferentes valores de MIC

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) apresentando suscetibilidade reduzida à vancomicina tem sido associado à falha terapêutica. Alguns métodos utilizados por laboratórios clínicos podem não ser suficientemente precisos para detectar este fenótipo, comprometendo os resultados e o desfecho do paciente. OBJETIVOS: Avaliar o desempenho de métodos na detecção dos valores de MIC de vancomicina entre isolados clínicos de MRSA. MATERIAIS E MÉTODOS: Determinamos a Concentração Inibitória Mínima de Vancomicina para 75 MRSA isolados de pacientes do Hospital Mãe de Deus, Porto Alegre, Brasil. Utilizamos a microdiluição em caldo como técnica padrão-ouro e os seguintes métodos: tiras de E-test® (BioMérieux), tiras M.I.C.E® (Oxoid), painel comercial da PROBAC® e sistema automatizado MicroScan® (Siemens). Além disso, foi realizado o teste de triagem em ágar com 3 µg/mL de vancomicina. RESULTADOS: Todos os isolados apresentaram MIC ≤ 2 µg/mL. Não houve diferença estatística entre os resultados do E-test® e da microdiluição em caldo. O painel da PROBAC® apresentou MICs, em geral, menores que o padrão-ouro (58,66% de erros maiores), enquanto que as MICs pelo M.I.C.E.® foram maiores (67,99% de erros menores). CONCLUSÕES: Para nossa população de MRSA, E-test® apresentou o melhor desempenho, embora com uma acurácia heterogênea, dependendo dos valores da MIC.

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