Avaliação de neurotoxicidade autonômica e neuromuscular esquelética de extrato bruto de Phillorhiza punctata e toxina de Tityus serrulatus. / Assessment of autonomic neurotoxicity and neuromuscular skeletal Phillorhiza punctata crude extract and toxin from Tityus serrulatus.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/05/2009

RESUMO

Atualmente; tem sido intensificada a pesquisa por novas drogas em venenos e toxinas. As águas-vivas e escorpiões são organismos de relevante importância econômica; ecológica e médica. Esse trabalho mostra a investigação dos efeitos do extrato de tentáculo da água-viva Phyllorhiza punctata (PHY-N) e da toxina do escorpião Tityus serrulatus; em preparações neuromusculares para definir uma caracterização farmacológica dessas toxinas. Esses achados são bastante relevantes para colaborar na descoberta dos mecanismos de ação das mesmas; fornecendo informações adicionais sobre a ação destas e auxiliando no tratamento dos envenenamentos. Para tal; foram utilizadas preparações farmacológicas clássicas de canal deferente (MVD) e corpo cavernoso de camundongo. As contrações induzidas por PHY-N apresentam amplitudes de 395;71 + 42;00%; e são bloqueadas em MVD na presença de guanetidina + fentolamina (92;19 + 2;96%; p<0;05 vs controle) ou apenas fentolamina (79;60 + 7;83%; p<0;05 vs controle); indicando que o efeito da PHY-N é pré-sináptico; mediado por fibras noradrenérgicas e que há participação dos canais de sódio neuronais no mecanismo de ação contrátil da PHY-N em MVD. Em fibras nitrérgicas; PHY-N induziu relaxamento de 84;42 + 14;20% (p<0;05 vs controle). Na presença de L-NAME; PHY-N não foi capaz de induzir relaxamento em corpo cavernoso; indicando que a ação dessa toxina na contração nitrérgica ocorre via liberação do óxido nítrico. PHY-N parece agir como um bloqueador da classe despolarizante; como a succinilcolina in vivo na junção neuromuscular esquelética. Por outro lado; a toxina de Tityus serrulatus na forma nativa (Tsg N) induziu um rápido início de hiperexcitabilidade autonômica e as toxinas modificadas por morina e cumarina não retiveram essa atividade farmacológica. A toxina de Tityus serrulatus modificada com morina (Tsg M) demonstrou ser o mais potente indutor de aumento significativo do tônus. No entanto; não houve modificações no perfil de neurotoxicidade observados com as toxinas de Tityus serrulatus modificada com morina (Tsg M) e com cumarina (Tsg C).

ASSUNTO(S)

phillorhiza punctata tityus serrulatus toxicidade preparações neuromusculares fisiologia phillorhiza punctata tityus serrulatus toxicity neuromuscular preparations

Documentos Relacionados