Avaliação do efeito de extratos de plantas da flora catarinense sobre a proliferação de células mononucleares humanas / Evaluation of the effect of plant extracts from flora of Santa Catarina on human mononuclear cell proliferation

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Muitas são as plantas utilizadas na medicina popular, a maioria delas desconhecidas quanto ao efeito sobre o sistema imune. A identificação e caracterização de compostos naturais obtidos a partir de plantas e que apresentam atividade imunomodulatória vem sendo área de estudo em vasto desenvolvimento. O teste de linfoproliferação é um dos métodos usados para estudar o efeito imunomodulatório de extratos e compostos isolados de plantas medicinais e de derivados sintéticos. O presente estudo objetivou identificar o efeito dos extratos metanólicos de seis plantas da flora catarinense na proliferação in vitro de células mononucleares humanas na presença e na ausência de fitohemaglutinina (PHA) e pokeweed mitogen (PWM). As células mononucleares humanas obtidas de doadores saudáveis por centrifugação em gradiente de densidade (1x106 células/mL), PHA (5 μg/mL), PWM (5 μg/mL) e os extratos metanólicos de Calophyllum brasiliensis, Ipomoea pes-caprae, Matayba elaeagnoides, Maytenus robusta, Rubus imperialis e Vernonia scorpioides (10, 50, 100 e 200 μg/mL) foram preparados em meio de cultura Dulbelccoss Modified Eagles Medium (DMEM) suplementado com 10% de soro bovino fetal, 2% de bicarbonato de sódio a 10%, 1% de L-glutamina a 200 mM, 1% de HEPES a 10 mM e 110 mg/mL de piruvato de sódio. O teste de linfoproliferação foi realizado pela incubação da suspensão celular com o extrato da planta, isolada ou simultaneamente à PHA e ao PWM, em microplacas de 96 poços a 37C e 5% CO2. O período de incubação foi de 72 horas para ambos os mitógenos e ainda de 144 horas para PWM. A quantificação da proliferação celular foi realizada pelo ensaio de redução do azul de tetrazólio (MTT) com leitura a 540 nm. As células incubadas somente com DMEM foram empregadas como controle negativo de proliferação celular, enquanto que o controle positivo de proliferação celular foi constituído de células e PHA ou PWM. Os resultados foram expressos em percentagem de crescimento e analisados pelos testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney. Os resultados obtidos sugerem indução na proliferação linfócitos T, sem interferência na ativação dos linfócitos B, para os extratos metanólicos de Calophyllum brasiliensis, Ipomoea pes-caprae e Matayba elaeagnoides. O extrato metanólico de Ipomoea pes-caprae demonstrou atividade imunoestimulatória 3 vezes maior que o extrato de Calophyllum brasiliensis e 1,5 vezes maior que extrato de Matayba elaeagnoides. O extrato metanólico de Maytenus robusta mostrou resultados relevantes somente quando incubado por 144 horas, com inibição da proliferação celular. Por fim, os resultados obtidos no teste de linfoproliferação sugerem que os extratos metanólicos de Rubus imperialis e Vernonia scorpioides não tem ação sobre a proliferação dos linfócitos T e B, pois não foram obtidos resultados com significância estatística nas condições de cultivo ensaidas. Dentre as plantas estudadas, a Calophyllum brasiliensis, Ipomoea pes-caprae e Matayba elaeagnoides apresentaram resultados que justificam a continuidade dos estudos com a avaliação das frações e a identificação dos possíveis compostos responsáveis pelo efeito os linfócitos T

ASSUNTO(S)

lymphoblastogenesis matayba elaeagnoides rubus imperialis ipomoea pes-caprae matayba elaeagnoides immune response maytenus robusta calophyllum brasiliensis maytenus robusta atividade imunomodulatória calophyllum brasiliensis sistema imune rubus imperialis imunomodulação vernonia scorpioides immunomodulation farmacia ipomoea pes-caprae, linfoblastogênese immune system

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