Avaliação dos resultados do tratamento não artroplástico (artroscópico) da artrose do ombro

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. ortop.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-08

RESUMO

RESUMOOBJETIVOS:Avaliar os resultados funcionais obtidos dos pacientes com artrose submetidos ao procedimento artroscópico e tentar correlacioná-los com o perfil epidemiológico do doente, a técnica cirúrgica usada, as eventuais complicações e o protocolo pós-operatório. MÉTODOS: Entre 1998 e 2011, 31 pacientes (32 ombros) com artrose do ombro foram submetidos ao tratamento artroscópico pelo Grupo de Ombro e Cotovelo do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de São Paulo. Foram incluídos os casos de artrose de ombro primária ou secundária, abaixo dos 70 anos, com manguito rotador íntegro, e ainda aqueles que, apesar de indicado o procedimento artroplástico, decidiram tentar uma opção. Foram avaliados: sexo, idade, dominância, comorbidades, tempo de queixa, lesões associadas, etiologia, tratamento prévio, operação feita, protocolo pós-operatório e arco de movimento ativo, pré e pós-operatório. A avaliação funcional foi feita pelos critérios da UCLA pré e pós-operatoriamente. As alterações da cartilagem articular foram classificadas por Outerbridge e a artrose por Walch. RESULTADOS: Houve diferença média estatisticamente significativa entre os valores para elevação, rotação lateral e medial pré e pós-operatória (p < 0,001) e uma tendência (p = 0,057) de maus resultados com o maior tempo de queixa pré-cirúrgica. O ganho total da UCLA não tem relação estatisticamente significativa com todas as outras variáveis analisadas. CONCLUSÃO: O tratamento artroscópico da artrose glenoumeral propicia melhoria funcional da articulação glenoumeral, com ganhos significativos de elevação, rotação lateral e medial e melhoria da função e da dor, e o maior tempo de queixa é fator fortemente sugestivo para piores resultados.

ASSUNTO(S)

ombro artroscopia osteoartrite

Documentos Relacionados