Avaliação funcional dos adolescentes que se submetem a transplante de medula óssea
AUTOR(ES)
Dóro, Maribel P., Pasquini, Ricardo, Löhr, Suzane S.
FONTE
Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003-03
RESUMO
O estudo teve por objetivo analisar o desempenho físico (Escala de Desempenho de Karnofsky ou de Lansky), assim como o desempenho sociofamiliar, emocional, funcional, relacionamento médico/paciente e preocupações adicionais (Escala de Avaliação Funcional para Terapia de Câncer - Transplante de Medula Óssea - FACT-BMT) de todos os adolescentes (13 a 20 anos) submetidos a transplante no Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, (STMOHC- UFPR) no período de janeiro a dezembro de 1999. Inicialmente eram 13 pacientes (sete homens, seis mulheres); quatro com diagnóstico prévio de patologia neoplásica e nove não-neoplásica, levando em conta que todos foram submetidos a transplante alogênico. Os instrumentos de coleta de dados foram aplicados em dois momentos: durante o mês que antecedeu o transplante e no centésimo dia após o mesmo. Três pacientes do grupo inicial foram a óbito antes da segunda coleta. Assim, apenas dez completaram as duas etapas da avaliação e constituíram a amostra de análise (n= 10). A avaliação dos resultados demonstrou que 4/10 dos pacientes apresentaram melhoras em relação ao desempenho físico (resultados da Escala de Desempenho de Karnofsky e de Lansky), no entanto 9/10 relataram dificuldades para reassumir as atividades regulares (profissional, educacional e domésticas), resultados da FACT-BMT. Os demais tópicos avaliados demonstraram oscilações do pré para o pós-TMO, porém de baixa amplitude e sem diferença estatística significativa. Pode-se concluir que a intervenção em si compromete parcialmente a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, é preciso considerar o fato da avaliação ter sido realizada no período em que os pacientes ainda estavam sob tratamento médico contínuo, uma vez que esta contextualização é uma variável interferente. Assim, estudos futuros devem ocorrer para avaliar a evolução longitudinal desse processo.
ASSUNTO(S)
transplante de medula óssea qualidade de vida
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