Bloqueio do plexo braquial por via axilar com neuroestimulador: verificação da latência e da eficácia

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Anestesiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2001-06

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O bloqueio do plexo braquial por via axilar, embora bastante difundido por ter menor incidência de complicações, apresenta três inconvenientes que limitam seu uso: índice de falhas, latência longa e restrição a cirurgias de antebraço e mão. O objetivo deste estudo foi verificar o tempo de latência e a eficácia do bloqueio do plexo braquial por via axilar empregando-se um estimulador de nervo. MÉTODO: Participaram do estudo, aberto, prospectivo, 38 pacientes, estado físico ASA I, II e III, com idades entre 13 e 74 anos, submetidos a cirurgia de membro superior. Na sala de operação, após monitorização, venóclise, sedação com 1 a 3 mg de midazolam por via venosa, os pacientes foram submetidos ao bloqueio do plexo braquial por via axilar, após emprego de estimulador de nervo, com amperagens decrescentes a partir de 0,9 mA e injetando-se o anestésico local, após obtenção de resposta motora dos dedos da mão, com menor amperagem. Foram observadas as latências sensitiva e motora, a eficácia e falhas sensitiva e motora, parciais ou totais, e efeitos colaterais. RESULTADOS: As latências sensitiva e motora foram, respectivamente, 5,2 + 3,8 e 4,6 + 3,3 minutos. As falhas parciais sensitivas foram em número de seis, as motoras dez e completas duas, enquanto que em vinte casos não ocorreram falhas. Apenas em dois casos foi necessário converter para anestesia geral. CONCLUSÕES: Concluímos que, nas condições deste estudo, o uso do estimulador de nervo mostrou-se útil para a realização do bloqueio, sendo que, na maioria dos casos, não foi necessário estímulo maior que 0,3 mA.

ASSUNTO(S)

anestÉsicos, local: bupivacaína tÉcnicas anestÉsicas, regional: plexo braquial

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