CaracterÃsticas epidemiolÃgicas de crianÃas portadoras de fissuras labiopalatinas atendidas no Hospital Infantil Albert Sabin, Fortaleza-CE

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/05/2010

RESUMO

IntroduÃÃo. Dentre as malformaÃÃes, as fissuras labiopalatinas (FLPs) ocupam lugar de destaque, pois sÃo as deformidades craniofaciais de maior prevalÃncia. Classificam-se em: prÃ-forame, transforame, pÃs-forame e as submucosas, podendo diversos fatores estar associados à sua etiologia, tais como uso de drogas, carÃncia de Ãcido fÃlico, sÃfilis, toxoplasmose, radiaÃÃes ionizantes, tabagismo, alcoolismo no inÃcio da gestaÃÃo e os fatores genÃtico-hereditÃrios - os mais importantes. Outra teoria muito aceita à a multifatorial, que envolve a interaÃÃo de fatores genÃticos, ambientais e hereditÃrios. O objetivo do estudo foi determinar as caracterÃsticas epidemiolÃgicas de crianÃas portadoras de FLPs atendidas no Hospital Infantil Albert Sabin, Fortaleza-Ce. MÃtodos. Estudo descritivo de 390 portadores de FLPs atendidos no perÃodo de junho de 2008 a maio de 2009, com crianÃas menores de 12 anos de idade, no ambulatÃrio do NÃcleo de Atendimento Integrado ao Fissurado do Hospital Infantil Albert Sabin, principal hospital de referÃncia do Estado, procedentes de todo o CearÃ. Resultados. Observou-se que 51,3% dos pacientes com FLPs eram do sexo masculino e 48,2% do feminino, dos quais 37,4% foram provenientes da Capital, 62,6% do resto do Estado e 3,1% de outros UFs. O tipo mais prevalente foi a transforame, com 56,3% dos casos, seguida das pÃs-forame, com 21,6%, as prÃ-forame, com 20,3% e as submucosas com 1,8%. As lesÃes predominaram do lado esquerdo, com 43,2%, seguidas pelas bilaterais, com 32,5%. Verificou-se que 72,0% dos pacientes tiveram acesso à realizaÃÃo da queiloplastia. A palatoplastia foi efetuada em 47,2% das crianÃas, sendo que na faixa etÃria prÃ-escolar em somente 20% dos casos. Outros tipos de correÃÃes cirÃrgicas foram realizadas em somente 17,9% dos pesquisados. Outros 35,0% tiveram acesso ao tratamento fonoaudiolÃgico e 15,5% ao ortodÃntico. Encontrou-se ainda um percentual de 11,4% que apresentava algum outro tipo de malformaÃÃo congÃnita e outros 47,3% possuÃam um caso familial de fissura. ConclusÃes. A reduzida proporÃÃo de portadores de FLP com acesso aos tratamentos clÃnico-cirÃrgicos indica a existÃncia de uma carÃncia importante de centros e equipes multiprofissionais especializadas na reabilitaÃÃo destes pacientes. Mesmo com as dificuldades de deslocamento, 60% dos pacientes da pesquisa eram procedentes de municÃpios cearenses, o que sugere uma grande carÃncia deste tipo de atenÃÃo fora da Capital do Estado.

ASSUNTO(S)

epidemiologia fissuras labiopalatinas malformaÃÃes congÃnitas epidemiologia cleft lip and palate congenital malformations epidemiology

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