Características agronômicas de cultivares de milho no estádio verde em duas épocas de semeadura na várzea do Estado do Amazonas.

AUTOR(ES)
FONTE

Manaus: Embrapa Amazônia Ocidental

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

Dois experimentos foram conduzidos em area de varzea no Campo Experimental do Caldeirao da Embrapa Amazonia Ocidental, Iranduba-AM, nos periodos de nov/97 a fev/98 e out/98 a dez/98, convencionados como epoca de semeadura I (inicio do periodo chuvoso) e epoca de semeadura II (final do periodo secao), respectivamente, com o objetivo de avaliar tres cultivares de milho doce (BR-400, BR-401 e BR-402) e duas de milho comum (Saracura e BR-5110-testemunha), no estadio verde. O delineamento experimental em cada ensaio foi de blocos ao acaso com quatro repeticoes. A parcela teve duas linhas de 5m (na epoca I) e tres (na epoca II), com espacamento de 1,0m entre linhas e 0,2m entre covas. O solo (Gley Pouco Humico), naturalmente fertil, foi revolvido com enxada rotativa e adubado com 60kg de N/ha, aplicados parceladamente (aos 25 e 45 dias apos o plantio). As praticas culturais constaram de desbaste, amontoa e duas capinas. A analise de variancia conjunta revelou que a interacao cultivar x epoca foi significativa para as variaveis estudadas, com excecao da porcentagem de plantas acamadas e ciclo. Foram significativos o efeito simples de cultivar em todas as variaveis estudadas, e o efeito da epoca nao foi significativo somente em relacao ao estande, ao total de espigas e a produtividade. A cv. BR-402 apresentou menor estande (31.010pl/ha) na epoca de semeadura I; na epoca II, as cultivares nao diferiram entre si. As cultivares BR-401 e BR-402 tiveram o maior e o menor numero total de espigas (I-48.798 e II-49.039; 1-21.875 e II-35.737, respectivamente, nas duas epocas). As espigas despalhadas pesaram mais na epoca II (126g), onde as cultivares de milho doce (I-103,3g e II-120,0g) melhoraram a performance comparadas as de milho comum (I-137,5g e II-136,0g). Na epoca de semeadura II nao houve diferenca estatistica para a produtividade das cultivares, mas na epoca I as cultivares Saracura (5.769kg/ha) e BR-5110( 6.083kg/ha) tiveram as maiores medias e a cv. BR-402 (2.491kg/ha), a menor. Nos dois ensaios, a cv. BR-5110 mostrou os maiores percentuais de espigas comerciais (I-43% e II-65%), mas a cv. BR-401 sobressaiu quanto a granacao e uniformidade do tamanho das espigas; a epoca II (48%) foi melhor que a I (26%). A altura de planta ficou abaixo do limite superior (280cm) para milho de porte baixo, e aumentou da epoca I (179cm) para a epoca II (221cm), com as cultivares BR-402 e BR-5110 mostrando as maiores medias, nos dois ensaios. A maior porcentagem de plantas acamadas foi da cv. Br-402 (18%) e a menor, da cultivar Saracura (1%); na epoca I, o acamamento foi mais severo (15,6%). Os florescimentos masculino e feminino foram mais tardios na cv. BR-402 e mais precoces nas cultivares BR-400 e BR-401. Em geral, a precocidade foi maior na epoca II (M-49 dias e F-51 dias). A cv. BR-402 teve o ciclo de producao mais longo (78 dias), as demais nao diferiram estatisticamente entre si (72 dias); ocorrendo o menor ciclo na epoca II (69 dias) do que na epoca I (76 dias). De acordo com os resultados obtidos, a cv. BR-401 constitui opcao a c. BR-5110 (testemunha) para producao de espigas verdes, em cultivo de pequena escala, no ecossistema de varzea, quando semeada na epoca II (final do periodo seco).

ASSUNTO(S)

zea mays milho variedade caracteristicas agronomicas epoca de semeadura brasil amazonas manaus várzea

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