Características do tipo de alimentação e da fala de crianças com e sem apinhamento dentário

AUTOR(ES)
FONTE

Revista CEFAC

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-03

RESUMO

OBJETIVO: caracterizar o tipo de consistência alimentar e a articulação da fala em crianças com oclusão normal e com apinhamento dentário, verificando-se possíveis correlações e interferências. MÉTODOS: participaram 60 crianças, de ambos os sexos, entre 7 e 12 anos, divididas em dois grupos. G1: 30 crianças com apinhamento dentário, G2: 30 crianças sem apinhamento dentário, conforme avaliação odontológica. Foram critérios de exclusão: déficits neurológicos e cognitivos, presença de hábitos orais, respiração oral crônica, deformações dentofaciais, realização de tratamento ortopédico/ortodôntico e/ou fonoaudiológico. Foram realizadas: avaliação do sistema estomatognático; avaliação odontológica quanto à situação dento-oclusal; aplicação de questionários aos pais visando contemplar critérios de exclusão e definir os hábitos alimentares quanto à sua consistência; avaliação de fala quanto à produção fonética e fonológica. RESULTADOS: crianças sem apinhamento dentário têm alimentação predominantemente dura, enquanto aquelas com apinhamento dentário têm alimentação predominantemente amolecida; caracterizada principalmente pelo hábito de ingestão de líquido na presença do alimento na boca. Quanto à fala, não foram encontradas alterações significativas independente do apinhamento dentário e do tipo de consistência alimentar. CONCLUSÃO: há indícios de que a presença do apinhamento dentário relaciona-se à consistência alimentar. A alimentação amolecida parece constituir provável fator etiológico ou contribuinte à existência do apinhamento dentário. O tipo de alimentação e a presença de apinhamento dentário parecem não interferir na articulação da fala.

ASSUNTO(S)

oclusão dentária má oclusão criança fala distúrbios da fala transtornos da articulação

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