CaracterizaÃÃo de isolados de Potato virus S (PVS) no Brasil e seu efeito na produÃÃo de batataâ

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O Potato virus S (PVS) apesar de ser um dos vÃrus mais comuns da cultura da batata, nÃo tem sido muito estudado, devido aos sintomas quase imperceptÃveis em plantas de batata e aos relatos nÃo significativos de perdas na produÃÃo, devido à presenÃa desse vÃrus na lavoura. O PVS possui duas estirpes diferenciadas pela transmissÃo: a estirpe comum (PVSO) transmitida pelas sementes e a estirpe andina (PVSA) transmitida pelo vetor Myzus persicae, de modo nÃo-persistente ou estiletar. Para estudar as propriedades biolÃgicas e moleculares dos isolados de PVS, que ocorrem no Brasil, dez isolados foram coletados, sendo oito no Estado de Minas Gerais, um do Estado de SÃo Paulo e um do Estado do Rio Grande do Sul. Esses isolados foram inoculados em dez espÃcies de plantas, sendo que nove deles tiveram um fragmento genÃmico de 908 pb, contendo a regiÃo da capa protÃica (CP), amplificados com um par de primers desenhado para o PVSO, e um deles somente foi amplificado com o primer especÃfico para o PVSA, tendo sido obtido um fragmento de 949pb, tambÃm contendo a regiÃo CP. Esses fragmentos foram seqÃenciados e analisados. Para verificar o efeito de infecÃÃes simples e mistas do PVS, com outros vÃrus da batata, foram produzidos tubÃrculos infectados nas seguintes combinaÃÃes: PVS, PVX e PVY; PVS + PVX, PVS + PVY, PVX + PVY e PVS + PVX + PVY (50% de incidÃncia inicial); PLRV, PVS + PLRV, PVS + PLRV + PVX, PVS + PLRV + PVY; PVS + PLRV + PVX + PVY (15 % de incidÃncia inicial). Esses tubÃrculos foram plantados no campo, sendo o experimento em blocos casualizados, com 40 plantas por parcela e 4 repetiÃÃes. Foi avaliada a produÃÃo comercial, calculando-se a perda de produÃÃo em relaÃÃo à parcela controle sem vÃrus, e os tubÃrculos foram classificados quanto o tamanho. Dentre as plantas inoculadas, as plantas de tomate (Lycopersicon esculentum) foram suscetÃveis apenas aos isolados SJ-CHI e SJ-CAL, respondendo com anÃis arroxeados na face inferior da folha. Todos eles causaram lesÃes locais clorÃticas em plantas de Chenopodium amaranticolor e nove isolados causaram o mesmo tipo de lesÃes em Chenopodium quinoa. Um deles, o denominado de BB-AND, causou infecÃÃo sistÃmica em C. quinoa e foi transmitido pelo vetor Myzus persicae para 11% das plantas inoculadas. A anÃlise filogenÃtica mostrou que nove isolados apresentaram maior identidade de nucleotÃdeos e aminoÃcidos com os isolados comuns de PVS (PVSO), enquanto que o BB-AND apresentou maior identidade com osisolados Andinos (PVSA). Nas Ãrvores filogenÃticas baseadas na seqÃÃncia de nucleotÃdeos e de aminoÃcidos, os 9 isolados tambÃm se agruparam com os isolados comuns e o BB-AND com os isolados Andinos. Apesar da sua proximidade com os isolados Andinos disponÃveis no GenBank, provenientes da Inglaterra, RepÃblica Tcheca e CanadÃ, o BB-AND apresentou uma distÃncia filogenÃtica significativa desses isolados, indicando que provavelmente ele possui uma outra origem geogrÃfica. Nos experimentos de campo, nas parcelas com 50% de incidÃncia inicial, a menor perda foi de 15,01%, causada por infecÃÃo simples com o PVX e a maior foi de 37,03%, causada pela infecÃÃo com o PVS+PVX+PVY. Nas parcelas com incidÃncia inicial de 15%, a menor perda foi de 10,99%, causada por infecÃÃo simples com o PLRV e a maior foi de 40,92%, causada pela infecÃÃo com os quatro vÃrus juntos. Ficou evidente que, quando o PVS se associou a outros vÃrus, as perdas e os sintomas foram mais intensos do que os induzidos por cada vÃrus separadamente.

ASSUNTO(S)

potato virus s estirpe andina batata fitopatologia viroses infecÃÃes mistas caracterzaÃÃo molecular

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