Caracterização da dor através do inventário breve de dor em população de baixo nível socioeconômico
AUTOR(ES)
Santos, Gabriel Venas, Maranhão, Ana Shirley Vieira, Goes, Bruno Teixeira, Mota, Renata de Sousa, Baptista, Abrahão Fontes, Sá, Kátia Nunes
FONTE
Rev. dor
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-09
RESUMO
RESUMOJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:A dor crônica afeta milhares de pessoas, mudando sua funcionalidade e estado emocional. O Inventário Breve de Dor não tem sido utilizado em estudos populacionais e pode representar uma ferramenta relevante. O objetivo deste estudo foi caracterizar aspectos sensoriais da dor crônica e sua influência nas atividades diárias.MÉTODOS:Estudo transversal populacional realizado em Unidade de Saúde da Família (Salvador/BA/Brasil). Foram incluídos 191 indivíduos com idade entre 20 anos ou mais, com queixa de dor por um período igual ou superior a seis meses. O Inventário Breve de Dor foi utilizado como um instrumento de avaliação que tem os aspectos sensoriais como variáveis previsoras, e os aspectos reativos como variáveis de desfecho. Foi utilizado o teste qui-quadrado para análise proporcional e correlação de Spearman para a comparação intergrupo.RESULTADOS:A amostra foi composta por 86,4% de mulheres, solteiros (48,7%), não brancos (49,7%), baixa escolaridade (46,6%) e baixo nível socioeconômico (100,0%). A maioria (46,8%) descreveu dor por período no mínimo de cinco anos, com predominância em joelhos (46,1%) e coluna lombar (42,4%). Setenta e sete e meio por cento da população faz uso sistemático de algum fármaco para dor. Encontrou-se correlação negativa entre as variáveis sensoriais com variáveis reativas: atividades gerais (p<0,001; r=0,482), humor (p<0,001; r=0,396), capacidade de caminhar (p<0,001; r=0,318) e capacidade de trabalho (p<0,001; r=0,389). Não houve correlação para a capacidade de apreciar a vida (p=0,403; r=0,061).CONCLUSÃO:Em uma população de baixo nível socioeconômico, a dor crônica afeta especialmente os joelhos e a coluna lombar com interferência negativa nas atividades gerais, humor, capacidade de andar e trabalhar.
ASSUNTO(S)
dor crônica epidemiologia população
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