Carcinogênese bucal Efeito da exposição crônica a soluções de etanol sobre o epitélio lingual de camundongos
AUTOR(ES)
Danilo Saletti França
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
28/08/2009
RESUMO
O câncer oral tem se tornado um problema que atinge várias partes do mudo e está relacionado com vários fatores coadjuvantes. Além disso, pode influenciar diretamente no acometimento dos tumores malignos. Dentre estes fatores, destacam-se o uso do tabaco e o consumo do álcool. O álcool causa agressão à mucosa pelo contato físico, levando a alterações em suas camadas, como a alteração na sua espessura, inclusive no epitélio. Também causa o aumento da permeabilidade epitelial, favorecendo assim a entrada de substâncias carcinógenas. Estudos experimentais em camundongos knockout para o gene da metalotioneína têm mostrado seu papel protetor em quadros de intoxicação alcoólica aguda. Desta forma, a quantidade de metalotioneína nos tecidos em que é encontrada, está diretamente relacionada com o prognóstico para o câncer. O objetivo deste estudo foi avaliar quantitativamente alterações estruturais e a expressão imunohistoquímica de metalotioneína no epitélio lingual de camundongos submetidos à ingestão crônica de álcool. Para isso, foi utilizado um ensaio de três grupos com dez animais cada, a saber: grupo controle (sem etanol), grupo EtOH15% (etanol a 15%) e grupo EtOH40% (etanol a 40%). Os animais foram monitorados durante todo o período experimental, que foi de seis meses. As alterações epiteliais foram avaliadas pela mensuração na sua espessura, onde foi obtida a espessura total deste epitélio. A expressão da metalotioneína foi verificada pela técnica da streptavidinabiotina- peroxidase com anticorpo primário anti-MT (E-9), cujos resultados foram expressos como índice de marcação, obtendo-se o percentual marcado para os três grupos. Os resultados em relação à espessura epitelial mostraram que não houve diferenças significantes entre os três grupos avaliados. A expressão da metalotioneína também não apresentou diferenças significativas entre os grupos estudados. Finalmente, não foi observada correlação significativa entre a expressão de metalotioneína e a espessura epitelial e entre estes e os parâmetros histológicos e imunohistoquímicos. Desta forma, concluiu-se que a alcoolização crônica não favorece o aumento da camada epitelial, nas concentrações estudadas, não favorecendo também alterações na expressão de metalotioneína no epitélio lingual de camundongos.
ASSUNTO(S)
carcinogênese bucal odontologia
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufu.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4318Documentos Relacionados
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